tag:blogger.com,1999:blog-88758199313748760182024-03-05T06:16:35.476-08:00Dando tiltPorque todo excesso precisa de vazão. Senão dá tilt mesmo...Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.comBlogger46125tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-52574466157493319412024-01-17T17:53:00.000-08:002024-01-17T17:53:26.495-08:00Amo ser mãe, maaas...<p> Sempre quis ser mãe. “Aos 30”, pensava eu ainda adolescente, porque sabia da responsabilidade em criar bons alicerces pessoais pra ser “uma boa mãe”. Uma inteção nutrida por 20 anos de muito estudo, convívio e realismo.</p><p><br /></p><p>Tracei um plano de carreira em volta das limitações conhecidas e um “plano de fuga” pro que é tão individual (e sim, precisei acioná-lo algumas vezes pra não me perder completamente). Sabia que um emprego CLT tinha suas delícias de uma previsibilidade e certa estrutura, mas também via uma expectativa de presença e performance que eram imcompatíveis com a necessidade biológica, neurológica, emocional e social de crianças que tinham seus momentos mais sensíveis e sucetíveis terceirizados (e sim, quanto mais vunlerável a mulher, menor o poder de escolha sobre a qualidade desses cuidadores "secundários"). Empreender era - como uma perfeita lei newtoniana de Ação e Reação - de uma liberdade absurda, que exigiria um comprometimento sobrehumano - e, empiricamente, sabia que a resiliência, a inteligência emocional e muito jogo de cintura seriam indissociáveis com ou sem filhxs.</p><p><br /></p><p style="text-align: right;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">Hoje <a href="http://linktr.ee/larybranding" target="_blank">atuo</a> transformando histórias em pilar estratégico de marcas pessoais, e organizar dados empresariais que fortalecam cultura e branding.</span></p><p style="text-align: right;"><span style="color: #666666; font-size: x-small;">Ora ora, isso é intrínseco ao cuidado pra que nossas crianças se percebam protagonistas e saibam a riqueza dos seus saberes...</span></p><p style="text-align: right;"><br /></p><p>É mortificante lidar com mentoradas que chegam debilitadas emocionalmente, menosprezadas profissionalmente, limitadas afetivamente, porque a maternidade foi “vendida” como (mais) um papel socialmente compulsório que prometia a plenitude existencial, mas que nunca tiveram sequer a liberdade de sonhar - quiçá questionar - caminhos diferentes.</p><p>Sim, eu amo ser mãe (assim como amo as gêmeas, fruto e razão de ser dessa vocação) e honro todo o sacro-ofício porque foi uma escolha planejada. Mas não é pra qualquer um.</p><p>Minhas filhas precisarão conviver com pessoas que ainda vem de lares silenciados e que só se expressarão na dor, porque ainda existe um enorme tabu na não-maternidade.</p><p><br /></p><p>É de uma responsabilidade enorme, e com tanta exigência - e negligência - do capitalismo, que requer uma sabedoria enorme enão vejo jamais como uma decisão de egoísmo. Mulheres que repudiam essa escolha devem estar igualmente feridas. Quando uma <a href="https://www.instagram.com/pintapreta_escritora?igsh=bmhxaWgzbmI1eHlx" target="_blank">Larissa Pinta Preta</a> for “desnecessária”, aí sim, teremos paz pra faar sobre novas gerações com mais liberdade e amor incondicional.</p><p><br /></p><p>Obrigada por me lembrar porque eu amo meu maternar: eu pude escolher!</p>
<!-- notionvc: 69e8c79b-2300-476f-bb70-d5dfd1f3f881 --><!-- notionvc: 69e8c79b-2300-476f-bb70-d5dfd1f3f881 -->Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-88244336548809168502023-08-31T18:09:00.008-07:002023-08-31T18:14:15.322-07:00 meu coração é de pedra...<p>mas se engana quem me vê como fria e dura.</p><p>sustento, conduzo, enobreço.</p><p>me lasco, esfarelo, despedaço.</p><p>por mim permeia a liquidez da vida. sou filtro de tanta coisa que as vezes nem se notam as águas que de mim brotam. brilho, mas não sou de enganar tolos. na verdade, meu valor não está em mim, mas pr'aquilo que sirvo.</p><p>só sou no outro. senão, apenas poeira. de estrelas.</p>Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0São Paulo, SP, Brasil-23.5557714 -46.6395571-51.86600523617885 -81.79580709999999 4.7544624361788443 -11.483307099999998tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-17891224334472307952020-06-09T06:54:00.002-07:002020-08-28T07:09:33.536-07:00como se fosse da família<p> ha semanas temos questionado o status quo de várias questões do nosso dia a dia. o isolamento social como estratégia pra desaceleração do contágio noa fez trocar roupas e sapatos por moletom e pantufas, cursos de produtividade logo apareceram com a convidativa procrastinação no sofa, a disparidade das tarefas domésticas se tornou mais evidente com as crianças também demandando atenção integral entre reunião no zoom que bem que podiam ser emails. passamos a higienizar tudo que entra em casa, serviços de delivery dispararam pq é preciso manter a diversidade nutricional.</p><p>mas no começo de março, meu marido e eu decidimos pela nosso retorno temporário da capital pro interior por entendermos a dinâmica nociva das grandes cidades: densidade demográfica e logística. ja explico.</p><p>minha cidade natal tem 4 linhas de ônibus, a locomoção é massivamente de bicicleta. mesmo em uberlândia, "capital do cerrado", uma pedalada de 1h incluía ida e volta pra cachoeiras fora da cidade onde dava pra ver as poucas dezenas de prédio no centro comercial. essa era minha dimensão urbana ate 2011, quando me mudei pra SP, e descobri a relação inversamente proporcional entre distância e valor do aluguel. podia gastar $500 numa casinha arejada e 2-3h pra chegar no trabalho, ou $1000 numa kitnet a 30min do escritório. sendo ciclista ativa, achei que economizar no transporte público valeria a pena. eu era a única a não surtar ou sofrer de insônia no trabalho. quando fui morar com marido no RJ, de 2012 a 2017, descobrimos outra realidade urbana: era possível morar a 30min tanto da praia quanto do centro, pagando pouco, mas ao pé das favelas. a influência ia pra além dos bailes que ecoavam madrugada a dentro e o intenso movimento nas ruelas de acesso ao lado do meu prédio. quando um dos "donos do morro" foi morto numa operação policial, todo o comércio fechou em luto solidário. sim, alem da segurança privada e impostos pro estado, todos também contribuíam pra segurança coletiva que eles ofereciam.</p><p>administrávamos apartamentos de temporada na Zona Sul e com isso tínhamos uma duzia de faxineiras "a disposição". entre aspas porque era preciso uma engenharia logística não so pra conferir os apês na saída do hospede, trocar o enxoval usado com o da lavanderia e organizar chaves e acessos das limpezas. tanto as faxineiras que moravam nas favelas ali perto quanto as da periferia que demoravam horas pra chegar preferiam fazer 6 serviços de 2h num único dia a ter que se deslocarem mais vezes. sair da favela, dependendo do dia, era um verdadeiro jogo de gato e rato. gastar horas em trens e ônibus lotados num trajeto imprevisível também. eu mesma fiz várias dessas faxinas (as vezes rendiam mais do que a gestão de temporada em si, mas principalmente porque o serviço precisava ser feito). era comum eu passar algumas horas conversando com elas durante o serviço e conheci tanto a limitação de perspectiva pela exaustão, quanto a garra e honestidade entranhadas no ato de servir. muitas se sentiram gratas por serem tratadas como gente quando dividíamos uma marmita decente que eu pagava. pausa.</p><p>no RJ aprendi muito sobre a real história da nossa colonização. a cultura escravocrata, a pompa de fachada da elite decadente, a submissão em cadeia imposta de senhores de engenho a feitores e desses a escravos que receberam da Coroa a promessa de moradia pos-Canudos e ocuparam os morros, hoje refletida entre o estado corrupto, o empresário rico e a mão de obra subvalorizada. a aberração arquitetônica das entradas de serviço e os uniformes brancos nos prédios herdados por jovens que vivem do ócio que acham natural serem servidos.</p><p>de volta a SP, passei a ter contato co culturas de equidade, pude testemunhar projetos emocionantes de alfabetização e empoderamento das equipes de manutenção, que agradeceram por terem finalmente entendido seu papel como essencial e sensível a percepção do cliente.</p><p>mas por mais que SP tenha a formação urbana mais heterogênea, a distância social e física se mantém. meu medo maior de contágio está no fato de um isolamento fajuto onde o zelador continua vindo diariamente pra limpar a piscina do prédio (a compra de uma capa pra interditarem foi descartada, afinal, ja "vai ter que pagar o funcionário de qualquer jeito, deixa ele trabalhando, oras!"). pegar transporte público, interagir com dezenas de transeuntes, se expor ao contágio não é o mais grave. isso a gente também faz a cada ida ao supermercado. o problema é a alienação, a desinformação, as políticas públicas que obrigada os trabalhadores de serviço - da faxineira ao caixa de supermercado - serem tao essenciais na manutenção da sensação de qualidade de vida da classe media-alta quanto uma equipe de saúde em momentos de crise sanitária.</p><p>daí nossa decisão de voltar pro interior entra e conflito. numa cidade co menor discrepância social aparente, melhor autonomia de locomoção, a pandemia semostra menos grave. e alienação é fator comum a todos. a realidade do isolamento definitivamente acompanha da qualidade da cultura e da diversidade no ritmo pacato das cadeiras na calada ao fim da tarde, e com isso encontramos a única homogeneidade: estamos tão desconexos do todo que manter o conforto individual supera em absoluto olhar ao próximo com ais empatia. faz parte da família tradicional brasileira se achar superior, imune, privilegiado.</p>Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-88927522520864197352019-11-05T09:11:00.000-08:002019-11-05T09:11:02.510-08:00SensívelÉ hilário observar pessoas que comem escutando música e respondendo whatsapp ao mesmo tempo, que cruzam ruas assistindo filmes e se acotovelam no metrô comseus livros sem se darem conta da movimentação ao edor.<br />
Por outro lado é deprimente perceber oisolamento das pessoas e o estranhamento com demonstrações públicas de afeto - e digo com o mero abraço ou uma gargalhada - da falta de senso de direção, coletivo ou responsabilidade, de tamanha indiferença e arrogânciaque blindam nossa capacidade de empatia.<br />
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Nos acostumamos a acariciar a tela dos nossos smartphones apreciando silenciosamente a vida alheia recheada de filtros e citações, eperdemos o tato com as relações cotidianas que são notoriamente ais etéreas, descartáveis, rasas.<br />
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Nos isolamos em fones de ouvido e repudiamos os sons naturais do nosso corpo, nos irritamos com o som da cidade, recriminamos o choro de uma criança e afogamos em baladas cada vez mais altas que substituem o diálogo.<br />
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A gente se atordoa com os jornais, maratona séries e mede relevância por stories, e já não sabemos mais dialogar entre as diferenças políticas, esqueceos como correr suar sem programas mirabolantes ou gadgets ultraconectados, perdemos a capacidade de olhar nos olhos.<br />
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Carros cada vez maiores nos isolam do mundo, e com isso não sentimos mais a rua, o vento, a fragilidade da vida. Patinetes elétricos nos economizam vida - não,isso não é uma vantagem. Aviões mais apertados e menos cortesia pra gente ir mais longe e experimentar as mesmas coisas que outros turistas já listaram nas portais de reputação.<br />
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Pagamos cada vez mis caros por exclusividade, e ainda mais grana é aplicada em diversificação de fundos e tratamentos halopáticos, mas credo em cruz de precisar pagar por um produto orgânico ou usar seu tempo pra cozinhar o próprio alimento.<br />
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Tempo? A gente mede em compromissos, em metas, em likes, em viagens, em atualizações de bens de consumo.<br />
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Qual foi a última vez que você se olhou no espelho sem críticas, tomou banho por estr feliz e não pra disfarçar o choro, que acordou antes do despertador porque seu corpo já saciou? Qual a última vez você beijou aquele mesmo alguém por mais de 2min sem se preocupar com o que viria depois? Você se lembra de tter chorado de rir esse ano? Ou de ter pedido colo sem receio de se explicar?<br />
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A gente tá sensível. intolerante. A lactose, a demora, ao difernte. A gente perdeu nossa conexão com nosso sensorial.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-51605331776403603592019-03-28T06:23:00.001-07:002019-03-28T06:23:56.264-07:00Sobre mentores pra vidaDesde meu desligamento, tenho estudado ainda mais e buscado cursos, ouvido podcast, maratonando youtubers de conteúdo e documentários.<br />
Levantar, passar um café, alongar e revesar entre o computador, o celular e livros - sim eu leio alguns simultaneamente.<br />
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TODOS tiveram um mentor que os guiaram até esse ponto.<br />
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As referências vão desde mães e chefes/colegas a celebridades notáveis e gurus mainstream.<br />
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Por mais que eu tembém tenha essas mesmas referências, na minha vida minha principal mentora e inspiração é uma mulher mais jovem, que passou o chapéu no natal em família depois de uma apresentação de trapézio no alpendre de casa, comprou passagem só de ida pra outro continente sem falar o idioma, faz workexchange há 4 anos e tem fobia de grandes capitais e ultracapitalismo, casou como Chico Bento mas hoje são a tradução literal de <i>petit ami</i>, e nesse exato momento está mochilando com uma bike de 3ª mão pelo caminho de Santiago de Compostela, entre uma temporada num serviço temporário e um curso de construção biosustentável, que chegou a morar num carro que gastou mais de manutenção que seu valor de mercado (e esses dois montantes são menores que o aluguel de um apê aqui), e que me pediu de presente um spa-day pra sua depilação anual quando voltasse de viagem e um celular novo porque a grana que ela tem mal dá pra comprar cigarros.<br />
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxfd0FgeuZKLgh59sNqeMSIXr3ID-kiI-e62Xv5S9YUNifsQulwN0AO5xSLm4xISqSQeSttv2e_B_8O9MvVeO97Z2MxffpE6etsJVYtT_DTop2S3BLgPA_lRXZ1P0C1cOYDjZZXNkbRXzn/s1600/09151A22-3D95-4186-8A56-6962DCFA906A.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="640" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxfd0FgeuZKLgh59sNqeMSIXr3ID-kiI-e62Xv5S9YUNifsQulwN0AO5xSLm4xISqSQeSttv2e_B_8O9MvVeO97Z2MxffpE6etsJVYtT_DTop2S3BLgPA_lRXZ1P0C1cOYDjZZXNkbRXzn/s320/09151A22-3D95-4186-8A56-6962DCFA906A.jpeg" width="320" /></a></div>
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Essa pessoa é a minha irmã caçula. E ela não é minha heroína nem um exemplo pro que eu quero ser. As vezes é o absurdo oposto do que eu tenho construído. Mas é exatamente essa liberdade e inspiração mútua sem cobrança ou expectativas, esse entender silencioso sem julgar uma a outra, essa opinião gratuita e amorosa feito remédio amargo seguido de beijinho no machucado. Se eu preciso tomar uma decisão crucial, penso em tudo que ela poderia me dizer. Rio e desprezo a maioria dos comentários imaginários (óbvio!), e posso sempre contar com a franqueza das mensagens que demoram dias pra ser respondidas (e não raro chegam depois da cagada pra celebrar que eu devia ter feito diferente.)<br />
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Minha mentora pra vida é alguém que muitas vezes eu quero colocar no colo e deixar ela chorar horas sem explicar nada, e que sabe que eu vou rir de dar câimbra mesmo se eu achar um absurdo (afinal, se ela tá feliz, é a isso que vou gargalhar!) e que tem o instagram mais misterioso do mundo mas me faz de backup pra cada foto nossinhoradeusmelivremasquemmedera...<br />
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Minha mentora mal sabe o rumo da própria vida. E muitas vezes ela é quem tá no divã. E é essa necessidade mútua que faz dela meu maior exemplo: frágil, tola, hippie e contraventora, mas igualmente honesta, íntegra, solta e crente em algo muito maior do que a si mesma que está contido inteiro dentro de cada borboleta no estômago.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-17918927218330583672018-05-27T05:58:00.000-07:002018-05-27T05:58:28.752-07:00MinoriasEssa palavra sempre me incomodou. E muito! Como assim que uma parcela tão expressiva, que fecha ruas e tem dias internacionais pra celebrar suas lutas e causas, é "menor"?<br />
Mulheres, gays, negros... minorias?<br />
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Aí que a semântica social veio e me doeu mais ainda; Não é pela proporção de pessoas, mas pela pequenez da sua essência no meio. Menor de desprezível, e não de pouca gente.<br />
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Essa dor é ainda maior!<br />
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Como assim que a expressão do amor que não se atém puramente à reprodução animal é tida como uma subversão do que nos diferente animais irracionais e nos tornam sucetíveis a sentimentos bons de carinho, alegria, paixão, envolvimento, hedonismo positivo, expressão artística, criatividade?<br />
Como assim que uma etnia que cientificamente gerou todas as outras há milhares de anos é tida como inferior mesmo que sejam admitidos como os mais fortes, tenazes, adaptáveis, leais às raízes?<br />
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Quisera o Universo que eu nascesse meio termo: mulher criada em um lar feminista cujo pai me ensinou a ser amazona do meu próprio conto de fadas; bissexual que encontrou num homem o respeito à sexualidade diferente que só traz uma intimidade menos reprimida; pele branca com cabelo blackpower que me permite questionar dresscode corporativo que incentivam terninhos cinza e chapinhas sem me sentir ameaçada.<br />
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Cara, sério, só alguém realmente menor pra se fazer valer de poderes impostos e elitismos presunçosos...Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-89527775652141026092017-09-23T08:06:00.001-07:002017-09-23T08:06:24.326-07:00Vida NerdSempre fui nerd. Nunca fiquei mais de 2h estudando e normalmente era a primeira a acabar as provas. Tenho uma inteligência normal, dentro dos padrões de pessoas comuns. Fui bolsista integral na faculdade por ficar em primeiro lugar geral no vestibular (de uma faculdade privada do interior enquanto estudava pra federais concorridísimas)<br />
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O que me fez ser "mais inteligente" que as outras pessoas foi VIVER O MOMENTO PRESENTE. Eu estava inteira na sala de aula, absorvia cada palavra como se fosse vital, e saindo dali buscava experienciar tudo. Respirar mais profundo para acalmar - psicologia elementar - e a enxaqueca que me dava por desidratação e fome - biologia básica - do vento que criava atrito - física elementar - e precisava mudar a marcha da bicicleta - mecânica - e reconhecer o que me fazia mal pro estômago - nutrição e química orgânica. A gente lia e escrevia com um dicionário do lado e saber que se bebemos 2L de leite por dia era preciso uma caixa de longa vida por semana e compensava comprar no atacado - matemática financeira - e que se eu pedalasse mais forte indo pro ballet eu já podia pular o aquecimento e podia treinar meus passos falhos antes da aula - fisiologia.<br />
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A gente aprende muita coisa na escola que é extremamente útil, mas ninguém nos ensina a aplicar esse conhecimento. E esse é o maior aprendizado que meus pais puderam me dar, como professores por carreira e por vocação: viver! Vivenciar!Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-75885608921054963902017-01-31T02:20:00.001-08:002017-01-31T02:20:46.477-08:00CoroaçõesEm pleno século XXI e com revoluções sociais globais profundas, ainda tem concurso de beleza em que as "modelos" mal conseguem articular frases inteiras e se exibem em trajes de luxo e de banho...<br />
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Modelo pra mim é aquela mulher que acorda cedo e sorri ao trocar um carinho de bom dia com quem estiver ao lado dela na cama - o marido, a companheira, o filho ou o bichinho de estimação já que ela escolheu morar sozinha - que consegue se alimentar com tranquilidade e equilíbrio, e tem a disciplina de se exercitar com parcimônia só pra acordar o corpo. Que enfrenta trânsito com educação, que cede lugar pra quem precisa - idoso e grávida, mas também aquela criancinha que mal equilibra no ônibus, o cara que tenta ler surfando no corredor, o turista acotovelado. Que no trabalho é respeitada pelo seu carisma, e ninguém a julga pela aparência baseada nos padrões estéticos das revistas de moda, e que é reconhecida e valorizada pela sua competência técnica e humana. Que recebe elogio sincero e pode contar com as críticas que a lapidam pra melhor. Que não precisa engolir choro porque é compreendida pela sua natureza, e exatamente por isso se expressa de forma mais forte, poética, clara. Que não precisa ter medo de ter seus direitos de ir e vir violentados. Que vai tomar todas com as amigas se tiver vontade, porque sabe das responsabilidades que tem e não sente o mundo sobre as suas costas por causa delas. Que sabe que gentileza e cavalheirismo não tem nada a ver com o que você tem no meio das pernas.<br />
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Miss pode ser homem também. E nem vou entrar no mérito daqueles homens que também sofrem com o machismo por não serem machos alfa - vítimas equânimes de padrões estéticos e comportamentais da mídia. É aquele cara que preferiu estudar a ir pra balada a semana inteira e na véspera do exame dormiu bem pra estar tranquilo. É o cara que sabe que se homem chora é mais humano e menos babaca. Que tira vantagem de ser fisicamente mais forte pra ajudar quem não é. É aquele pai "herói" que não só "ajuda", mas é pai junto que educa em parceria e pra vida toda, mesmo não morando mais junto. É o cara que até faz chacota mas com aquele brother meio cérebro que ainda acha que homem tem que ser ogrão e pegador tentando tirar sarro quando negou convite pro happy hour pra ficar em casa com a esposa que tava tristinha ao telefone. Que pode até elogiar físicamente alguém, mas o faz pra que ela, e só ela ouça e não pra impor seus desejos, e respeita negativas em qualquer grau. Que ouve e debate pelas idéias em si, e usa as diferenças pra melhorar coletivamente as coisas. Que usa seu papel mais desenvolto na sociedade pra garantir que todos o tenham.É o cara que sabe que feminismo é a luta por direito de ser gente, e não de supremacia da mulher, e encoraja isso nas amigas e exige isso dos amigos.<br />
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Modelo é aquela pessoa que você nem conhece, mas só de alguém contar pra você sobre, te vem ao pensamento quando você quer fazer uma coisa boa, simples e verdadeira e tem medo de ser julgada, aí você respira fundo, abre o sorriso e enfrenta o mundo. É aquela pessoa que certamente lida com problemas de auto estima, que tem angústias, que ainda não realizou vários sonhos, mas que se olha no espelho e dá mais atenção ao brilho dos olhos do que alguns centímetros fora do manequim de revista. Pra carregar uma coroa tem que ter a cabeça erguida pela coragem de fazer sempre o seu melhor, braços graciosos pra abraçar quem precisa, barriga "no lugar" porque ali é o chacra de coragem, e não um mero músculo a ser malhado à exaustão, que tem pernas firmes pra aguentar as pedras do caminho independente do tônus estético, que anda com segurança e peito aberto porque é bem vinda e bem quista. Que abre o sorriso e ilumina o ambiente e ao abrir a boca não fere.<br />
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Esses concursos deviam apelar pra pessoas que saibam o que significa desejar a paz mundial. Que sejam lindas sem forçar a barra ou quilos de maquiagem e laquê. Que sejam soberanas em empatia, em representatividade, em exemplo de humanidade e gentileza.<br />
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E sei que pouca gente tem a capacidade de reivindicar essa coroa sem hesitar.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-64962131954370205822017-01-11T08:08:00.000-08:002017-09-23T08:17:35.406-07:00Banco de três pernas não manca<a href="http://imguol.com/2012/12/11/mcb---tamborete-redondo-sd-brasil-1355247128736_420x632.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="http://imguol.com/2012/12/11/mcb---tamborete-redondo-sd-brasil-1355247128736_420x632.jpg" height="200" width="200" /></a>Essa curiosidade era mera coincidência de design quando era criança, já que sendo 3 irmãos, meu pai sempre construía nossos cantinhos de brincar em trios e era mais prático de montar e improvisar.<br />
A medida em que o universo e a consciência iam se expandindo, comecei a notar que a trinca é uma regra de equilíbrio em várias ocasiões: as divindades trinas, os tripés de alguma teoria de gestão, as maiores empresas são fundadas por um trio...<br />
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Há mais de um ano meu marido e eu resolvemos aproveitar que ambos estávamos <strike>desempregados</strike> <i>desimpedidos profissionalmente</i> pra nos dedicarmos ao nosso sonho de hospitalidade. E na estruturação acabamos percebendo que as reuniões com cliente sempre fluiam melhor em 3. Eu, ele e o cliente, ou um de nós e o casal que iríamos trabalhar. Com 4, dispersávamos, com 2, ficavam dúvidas.<br />
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Achei num dos meus (milhares) de cadernos de aleatoriedades um rabisco de uma oficina de pensamento com a Mandalah, que culminou num brainstorming individual de que quando temos 3 apoios o equilíbrio acaba sendo mais fácil do que uma dupla que não pára em pé ou uma turma desnivelada. E pensei de novo: banco de três pernas não manca.<br />
Um casamento que se evolui com um filho, ou num trabalho conjunto, ou na espiritualidade. Sócios que tem na secretária seu ponto de orientação, ou naquele venture pra quem precisam prestar contas e por isso os força a manter o plano ou se adaptar da melhor forma possível. Aquela amiga sincera que vai desempatar uma discussão improdutiva. 'tendeu?<br />
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- Ah, então é só colocar alguém no meio que dá certo!</div>
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Claro que não! Se não puderem confiar mutuamente nesses 3 pilares, vai todo mundo pro chão, né! E tem vários textos desses motivacionais, sem mencionar as diversas teorias de administração, marketing, RH, finanças que se apoiam em trígonos.</div>
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É nítido pra quem tem o mínimo de sensibilidade a grande mudança na forma como nos relacionamos coletivamente. Os negócios mudaram, a forma de consumo mudou, e como nos comunicamos e compartilhamso então! Pela numerologia, "após a individualidade e a união, surge a interação. É o frutificar, é a expansão".<br />
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Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-62713491525009143832016-09-19T17:58:00.001-07:002016-09-19T18:03:02.836-07:00Conselhos de bandeja (ou dos não obstáculos)Aí que um amigo resolveu largar tudo pra ir pro outro lado do mundo recomeçar a vida. Não, não é mais um que foi <a href="http://vida-estilo.estadao.com.br/blogs/ruth-manus/a-geracao-que-encontrou-o-sucesso-no-pedido-de-demissao/" target="_blank">viver de brigadeiro</a>, <a href="http://www.brasilpost.com.br/yasmin-gomes/jovens-geracao-dinheiro_b_11667778.html" target="_blank">muito pelo contrário</a>. E isso me fez pensar.<br />
<br />
Há pouco mais de um ano, eu me via passando por mais um desligamento doloroso, sofrido, decepcionante. No auge da dedicação, quando os fodões da empresa olham praquela mineirinha raquítica e pensam <i>tá aí uma grande profissional!</i> mas entre eles e eu tem gente que só consegue defender o seu se não tiver concorrência. Eu tava num momento de dar um único passo a mais e poder me dedicar a maternidade, e me vi literalmente à beira do precipício.<br />
<br />
Que alternativa eu tinha? A óbvia: abror as asas e me jogar.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLvbm76yLTisSqp1q25cS6rZ7RxFSfH-GzsO_mNJc3kxngNV8ztVphXjX_P25sG1iI7pQdefYvzzzbOcvKq2K2re52tEkPsSrFmk4XLF8h5Ivg8BDyaZifR8ABxz4Cfu146RHEDlEU150B/s1600/20150910_132115.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLvbm76yLTisSqp1q25cS6rZ7RxFSfH-GzsO_mNJc3kxngNV8ztVphXjX_P25sG1iI7pQdefYvzzzbOcvKq2K2re52tEkPsSrFmk4XLF8h5Ivg8BDyaZifR8ABxz4Cfu146RHEDlEU150B/s200/20150910_132115.jpg" width="150" /></a>É, eu acabamos indo viver de <a href="http://fb.com/CompotinhasAgridoces" target="_blank">feirinhas gastronômicas</a>, o que até então eram um hobby rentável. Não, não foram mil flores, não tivemos a vida que sempre sonhamos. Nos mudamos pra um apê metade do tamanho e o orçamento metade dessa metade. Abortei o plano de gravidez por prazo indeterminado. Vida social só quando tinha reunião do coletivo ou no after work. Mas conheci uma porrada de gente com as mesmas angústias e "penhascos" à sua frente, e foi aí que eu comecei a endenter que raios tava acontecendo com a minha geração.<br />
A gente já tem tudo, nossos pais já se mataram pra garantir que tivéssemos. Digo isso financeira, moral e socialmente. A gente pôde se permitir questionamentos que, na geração deles, ninguém tinha tempo ou permissão. Nosso único objetivo era conquistar a felicidade - e isso nos obrigou a descobrir e seguir nossa vocação - e nenhum teste vocacional pré-vestibular iria nos restringir a diplomas.<br />
<br />
<i>Nossa, Lary, vai dizer que ninguém mais precisa estudar?</i> Muuuito pelo contrário, cáspita!!!<br />
O malabarismo que a gente faz pra dar conta de tanta produção pra pouco lucro, e lidar com aquele dinheirinho sem surtar (ou quase) entre o necessário e o irremediável, as oportunidades que a gente tinha que criar e os negócios que foram se desdobrando a partir de tudo que já havíamos feito a vida, nos forçaram a simplificar muito - muito mais por necessidade do que por hipponguisse.<br />
<br />
Eu tinha uma mania pra lidar com minha hiperatividade sem perder as conexões sensoriais: quando estava a caminho de um compromisso, não pararia. Se algum obstáculo se impunha no caminho, eu só desviava (e com isso sempre tinha uma esquina nova com uma lojinha bacana, um graffitti novo, topava uma amiga daquelas que nunca dá certo de encontrar, evitava um acidente). Acabei aceitando que <b>nem todo obstáculo é pra ser ultrapassado, às vezes é o jeito do universo te dizer que o caminho certo é pro outro lado mesmo</b>.<br />
<br />
Conselhos de coragem a gente tem aos montes, mas eu senti muita falta daqueles quando coragem não é suficiente. Se conselho fosse bom a gente dava de bandeja, de preferência com café e pão de queijo: não desiste na primeira, mas não insiste demais não. Perdedor às vezes é quem perde tempo dando cabeçada se você tem recursos - que sejam energéticos - pra partir pra próxima. Sentar e chorar alivia, abrir mão te libera. Pedir ajuda (quem diria!) pode te ajudar mesmo! Desabafar ganhou até nome chique: branstorming, nunca menospreze um.<br />
<br />
(continua... contribua!)Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-67226632360949929442016-08-25T17:35:00.001-07:002016-08-25T17:40:01.892-07:00Socorro<b>Primeira semana de Olimpíadas. Hospital público no centro da cidade, colado na Central.</b><br />
<b>10:30 de uma terça - estatísticamente o dia de maior movimento para cobrir retardatários de um fim de semana extendido...</b><br />
<br />
Não tinha cadeira pra remoção e não pode entrar com acompanhante se estiver consciente, então tive que ir pulando até a triagem até que apareceu um maqueiro mais franzino que eu com uma cadeira de roda manca, e foi me puxando de costas.<br />
- Oi Dr. Tive um acidente de moto trabalhando, e quebrei o pé, esfolei joelho, luxei o punho....<br />
- Raio X no terceiro andar pelo corredor amarelo no fim daquele ali a direita...<br />
Lá vou eu puxada de costas pelo maqueiro magricela.<br />
1h45 depois, enquanto passava outro maqueiro truculento arrastando 2 macas ao mesmo tempo perguntando cadê o equipamento padrão olímpico pra uma médica de plantão há 40h, sou chamada pra radiografia. O único aparelho que estava funcionando no hospital inteiro era operado por 1 residente e 3 alunos "tomando nota no celular" ao canto. Com mãos de borboleta - delicadas e muito ágeis - em 5min ela tinha feito 7 chapas em posições diferentes. Esperei mais uns 40min até que o ortopedista me chamou. A cadeira de remoção não entrava na sala, que tem um degrau, então ele me examinou no corredor mesmo, colocando a radiografia contra a luz do saguão.<br />
- Moça, vai lá sala dooutro corredor e pede pra fazerem engessarem até o joelho.<br />
- Ok, mas e o punho?<br />
- Cê tá mexendo a mão. Não quebrou nada não.<br />
Como os enfermeiros estavam almoçando, ficamos eu e mais meia dúzia de gente esperando no corredor. Chamaram 3 pacientes de uma vez, sentamos lado a lado na maca e o professor de enfermagem dava as instruções para a aula prática que estava acontecendo ali. A enfermeira-aluna enrolou no meu pé com 2,5kg de gesso com um acabamento lindo, mas sem posicionar meu pé certo nem se dar conta das pontas de osso, quanto mais considerar inchaços, deslocamentos, tato...<br />
- Onde eu consigo muletas pelo SUS?<br />
- Ih, minha filha, tem náum, hein...<br />
- Posso chamar um Uber e pedir pra ele entrar aqui no estacionamento pra me apanhar?<br />
- Aqui dentro só entra ambulância. Tem o ponto de ônibus ali também ó!<br />
(Sério? De gesso e sem muleta?)<br />
<br />
5 dias após a fratura, domingão a tarde, volto no mesmo hospital. Com o punho estourado de insistir nas muletas ganhadas de uma amiga.<br />
- Doutor, meus dedos estão esntrangulados no gesso, além de parestesia e hematomas apareceram...<br />
- Não posso trocar o gesso, é parte do tratamento indicado por outro médico, não posso interferir.<br />
- (!!!) Hum...<br />
<br />
Arrumei uma bota emprestada. Arranquei o gesso no chuveiro. Olha, se eu fosse esperar os 45 dias podia era amputar de uma vez... No ambulatório do bairro, marcaram minha primeira consulta com a ortopedia pra daqui a 3 meses, pra ver se posso tirar o gesso... (que eu tenho que tirar dali a 37 dias...)<br />
<br />
<b>Primeira semana pós Olimpíadas, num outro hospital municipal só que no metro² mais caro do Brasil.</b><br />
<b>16h de uma quinta, inexplicávelmente o dia de pior trânsito na cidade.</b><br />
- Moço, fraturei há um tempo, tava gangrenando de tão apertado, coloquei a bota por conta própria mas sei que não está correto.<br />
- Hum, dói aqui? Como está aqui? Hum, ok, passa por aqui pra não precisar dar a volta, que o ortopedista vai te atender.<br />
20min de espera, e me chama um resitende. Examina, aperta, explica, pede radiografia.<br />
Meu marido me acompanhao tempo todo e quase não tive tempo de tomar o cafézinho que vendem na lanchonete no saguão interno, me chama uma aluna de radiologia.<br />
(pronto, lá vou eu de cobaia pra aula prática)<br />
- O posicionamento correto é dessa forma, estão vendo? as Alunas podem tentar fazer da sua mão, que o médico pediu pra ver se houve fratura por stress?<br />
A moça pede pro supervisor e conferir os resultados antes de me entregar. O ortopedista do novo turno pede outro gesso, passa encaminhamento de tratamento ambulatorial, maridinho pode ir marcar pra eu não precisar ir até lá do outro lado só pra um protocolo. Vários chumassinhos de algodão protegendo meus ossinhos, o enfermeiro me dei a ponta da faixa pra sustentar o ângulo certo.<br />
- Oh, gelo aí nesse punho, e repouso. 30 dias!<br />
<br />
E há quem diga que não existe bairrismo no Rio de Janeiro!Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-19503534920037323122016-08-16T16:24:00.000-07:002016-08-16T16:24:17.675-07:00Chora...Há muitos anos atrás, na minha primeira decepção amorosa, um amigo me abraçou e soltou a palavra mágica: <i>chora!</i><br />
Não me perguntou por que, não me pediu pra ficar calma, não me interrompeu. Só me deixou ali, acolhida no seu abraço, lavando ruidosamente o rosto com o transbordo de dores que não eram dele, e portanto não lhe cabia entender, mas pela amizade era seu dever drenar.<br />
<br />
De lá pra cá, as dores mudaram, mas as relações também mudaram. Cada vez mais vejo menos amigos assim. Quando nosso peito é pequeno demais pra tanta coisa, quando jorramos nossos sentimentos pra conseguir racionalizá-los, nem sempre podemos colocar tudo pra fora. É muito mais comum, infelizmente, termos que engolir não só o choro, mas também julgamentos, preconceitos, fragilidades alheias incapazes de lidar com as nossas fragmentações.<br />
<br />
Conselho de amiga: não dê conselho. Se alguém precisa de colo, é só isso que nos compete dar. Se alguém te pedir ajuda, escute primeiro. Pergunte os motivos só pra incentivar mais uma lágrima de desabafo, e não pra fazer um inquérito judicial. Mostre o seu lado pra aliviar o peso do mundo e iluminar outra perspectiva, e não pra sobrecarregar ainda mais pela opinião diferente.<br />
<br />
Chora. Chora junto. Caso contrário, "mais ajuda quem menos atrapalha", já dizia meu vô.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-79121300100532112112015-05-18T12:34:00.000-07:002017-09-23T08:25:04.093-07:00SignificânciaMeu feed do LinkedIn está cada vez mais cheio de citações sobre felicidade no trabalho, senso de significado, realização e satisfação.<br />
Pra uma sociedade acostumada à chibata, à discrepância salarial e a se submeter a subempregos para sobreviver, isso parece meio utópico.<br />
Mas não precisa ser.<br />
<br />
É claro que nem sempre podemos escolher o emprego dos nossos sonhos. Mas aquela velha frase de <span style="color: #741b47;">"a dor é inevitável, o sofrimento é opcional"</span> vale pra postura profissional também. Existe sentido em todos os trabalhos. Se você ocupa determinada posição, certamente é por uma das duas coisas: afinidade ou necessidade.<br />
<br />
Se é por <b>afinidade</b>, já está no caminho pra realização. É um dom, vocação, trajetória intuitiva, ou "coincidências" que o levaram até aí. Encontrar o sentido de ser da sua tarefa é questão de perspectiva, de saber usar o que você tem de bom em favor de algum objetivo (e tudo bem se ele for estritamente pessoal, pelo menos é um objetivo pra te tirar do lugar e de cabeça erguida!)<br />
<br />
Se é por <b>necessidade </b>- afinal, todo mundo tem conta pra pagar e as vezes a estrada entre o sonho e o que você pode oferece é longa ou até indefinida... - tenha em mente esse objetivo. "<i>Eu trabalho só pra pagar a faculdade</i>" então honre essa meta acadêmica sendo um empregado confiável que as pessoas o queiram por perto, e que essa firmeza da meta o torna determinado, e isso pode te destacar rumo ao que você realmente quer. "<i>Eu não sei o que eu quero, trabalho só pra ganhar uma grana</i>". Ainda sim, por mais que eu objetivo seja etéreo e externo, ter um objetivo te mantém no foco. Senão qualquer bico dá pro gasto, e nada vai te satisfazer, e nesse caso você precisa ter consciência do que precisa fazer para se manter empregado.<br />
<br />
(continua...)Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-77414222591022939262015-03-27T08:02:00.000-07:002015-03-27T08:02:59.286-07:00Na semana que vem apresento minha monografia da especialização. E logo que tive a confirmação da minha banca, agendei uma reunião com a <a href="http://www.ubrafe.org.br/">UBRAFE</a>. Minha surpresa foi a própria entidade não ter consciência do seu fundamento como aglutinador de um mercado que é responsável por reunir, num mesmo ambiente, toda a cadeia relacionada a um determinado setor.<br />
<br />
A tese foi desenvolvida por uma percepção simples, óbvia, mas ignorada ainda fora dos grandes centros, onde a realidade de feiras de negócios ainda não foi consolidada. Teoria de marketing simples: use o canal de comunicação com seu público que tem a maior abrangência de acesso a ele.<br />
<br />
Mas mesmo com a mídia mais direcionada possível, o fator de dispersão do seu público ainda é muito grande.<br />
<br />
Já numa feira de negócios ou evento corporativo o público está 100% (ou bem próximo disso) interessado no seu negócio, e pelo levantamento feito pela <a href="http://www.feiraecia.com.br/">Feira&Cia</a> no evento de 2010, 54% do público presente é o responsável pelas negociações e fechamento de negócios na empresa, e outros 38% influenciam a escolha do fornecedor.<br />
<br />
Por mais que o investimento em ações promocionais desse porte sejam maiores, a taxa de retorno do investimento também é muito maior, mesmo proporcionalmente. Motivo: <b>concentração e foco</b>.<br />
<br />
Um panorama que as associações e entidades também ainda não conseguiram permear é a falta de cultura de eventos desse porte e estrutura fora dos grandes centros. Cidades do interior só conhecem as festas de produção - e olha lá - como eventos corporativos (o demais eventos se resumem a casamentos, festas temáticas e reuniões sociais promovidas em datas comemorativas)<br />
<br />
Em alguns setores, as conferências anuais e feiras de setor são a única oportunidade de estar pessoalmente com fornecedores e clientes.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-84613831590576628612014-12-04T13:06:00.003-08:002014-12-04T14:29:12.906-08:00<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">Árvore de dinheiro só dá fruto</span></div>
</div>
<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGsdekVCOSbl9udGkpN0Br1a-_QhCF6_MtIszgP4E-U7NxC0ceDwJEsClq-9UGAzhhbB4FbxMvgbTQOun8gLFt20fJND2tHIxm-H1UZnUt1kvXISZY_1yS0ADZspGbh2VMrbPmBYhzRic/s1600/money_tree.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGsdekVCOSbl9udGkpN0Br1a-_QhCF6_MtIszgP4E-U7NxC0ceDwJEsClq-9UGAzhhbB4FbxMvgbTQOun8gLFt20fJND2tHIxm-H1UZnUt1kvXISZY_1yS0ADZspGbh2VMrbPmBYhzRic/s1600/money_tree.jpg" height="200" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;">se regar com o suor do trabalho.</span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
</div>
Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-23255987807161372042014-10-15T04:41:00.000-07:002014-10-15T04:41:12.760-07:00DisciplinaEstou adorando a sequência de reportagens relacionando a rotina de exercícios físicos com o desempenho profissional. Eu já tinha cantado essa pedra ainda na <a href="https://www.dropbox.com/s/m7wgtk4xtpcjyig/FAZU%20-%20LaryssaBorges%20-%20N%C3%A3o%20ande%2C%20dance.pdf?dl=0" target="_blank">graduação</a>, porque sentia na pele - e no corpo - os efeitos benéficos da disciplina de qualquer esporte.<br />
<div>
<br /></div>
<div>
Meus pais só nos exigiam 3 coisas: dormir cedo, comer no horário certo e fazer um esporte. As notas altas e a responsabilidade eram consequência. Cada um na sua área - eu sou consultora e fazia ballet, meu irmão engenheiro e judoca, e minha irmã é tradutora e jogava basquete - o esporte nos deu auto consciência, senso de coletividade, desenvolveu concentração, além, claro, do desenvolvimento fisiológico, motor e cognitivo.</div>
<div>
<br /></div>
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A <a href="http://noticias.band.uol.com.br/jornaldaband/videos/2014/10/14/15235817-pesquisa-diz-que-exercicio-fisico-ajuda-na-profissao.html" target="_blank">reportagem</a> exibida ontem foi um alívio entre as tensões de política.<br />
A endorfina que qualquer atividade física libera age numa verdadeira alquimia positiva no corpo, melhorando aspectos fisiológicos e psicológicos, principalmente. A tomada de decisões, mencionada na entrevista, é mais ágil porque corpo e mente já estão acostumados a "arrancadas", agilidade e concentração, motivadas pela atividade.<br />
<br />
Corrida, dança, luta, natação, pedal, bater bola, yoga, surf, paddle, trekking, musculação, pilates.<br />
E aí, já escolheu a sua hoje?<br />
<br /></div>
Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-68513917299517702082014-09-18T07:46:00.000-07:002014-09-26T08:09:17.650-07:00Dos seminários semiúteis<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">Por quem foi desenvolvido o último treinamento da empresa que você participou? </span><br />
<span style="font-family: inherit;">Uma grande consultoria especializada no <i>corebusiness</i>? O RH na delicada missão de direcionar e controlar? Ou o gerente nacional na melhor das intenções de partilhar <i>cases</i>?</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">O fato é que raramente escuto pessoas de média hierarquia se sentindo mega felizes tendo um treinamento - salvo, claro os que vão pra um resort e articulam o tempo todo como escapar da programação oficial.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">Workshops deveriam ter como objetivo alterar um cenário atual otimizando os recursos que ja tem capacitando essas pessoas com uma nova perspectiva. E temos que concordar que um olhar de fora sempre contribui muito melhor pra que essa perspectiva tenha a devida inovação.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">O que não significa que quem vive diariamente o problema seja irrelevante na concepção de um novo cenário.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">Conversava com um grupinho que tinha passado por 3 dias de treinamento coordenado pelos diretores nacionais. E no panfleto com a programação estava estampado "o alto escalão nacional vem partilhar com você a receita do sucesso!"</span><br />
<span style="font-family: inherit;">Mas o comentário na mesa era a frustração com a distância - geográfica, ideológica e prática - entre o que os palestrantes passavam e a realidade reduzida e burocracias desencontradas. O diretor de vendas já não vende há mais de 10 anos, apesar de ser um excelente gestor de pessoas não sabia sequer as atuais demandas dos clientes, só direciona seu pessoal dentro do protocolo instituído pela consultoria contratada 2 anos atrás pra remodelar processos.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">Deslocaram 20 assistentes do interior pra capital do estado, com hospedagem de luxo e palestrante motivacional renomado, dinâmicas de grupo engraçadas e happy hours patrocinados pelos paraninfos, mas a reunião semanal prometida para afinar pequenos ruídos em cada filial nunca saiu do papel, e as metas impostas simplesmente não refletem o potencial de demanda por uma questão de cultura regional.</span></div>
<div dir="ltr">
<span style="font-family: inherit;">E quando eu já imaginava o fim do discurso daquelas pessoas, eu me perguntei: alguém já havia sido consultado sobre a real necessidade de orientação técnica, num <i>brainstorm </i>de troca de idéias no mesmo nível hierárquico e geográfico da audiência? A verba empregada em eventos assim terá retorno efetivo? Ou não seria mais eficiente que as <b>consultorias consultassem os interessados</b>, e então levassem os <i>gaps </i>pra reposicionamento estratégico.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;">Tenho pra mim que um olhar de fora é ótimo pra uma perspectiva mais ampla. Mas só quem está com a mão na massa sabe o ponto certo.</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.inoverh.com/wp-content/uploads/2013/01/hr.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.inoverh.com/wp-content/uploads/2013/01/hr.gif" height="143" width="320" /></a></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-34327955061138673112014-08-30T06:47:00.000-07:002014-09-01T06:41:45.152-07:00Felicidade levada a sério<br>
Como boa leitora compulsiva, tenho seguido vários canais no Face com conteúdo bacana.<br>
E nessa recente fase de realocação, projetos como a <a href="http://www.bizu.vc/" target="_blank">Biz.u</a> e a <a href="https://www.99jobs.com/" target="_blank">99Jobs</a> tem me chamado muito a atenção por ir além do discurso de "é preciso gostar do que se faz". São plataformas que promovem encontros entre personalidades - pessoais e corporativas - muito além de casar vagas com curriculos.<br>
<br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4rP6EGUJkhMXB_o5JMnrJFPjx-Bzm1JQlwEe3O95q-UOKBCLpazNX0WZusfCQF5Sd2bJMaLDA9CDfFtQZfvamXUO2DkVxpuwtda2qbgfUpHdh1BZk8qDi3S_ANNTakT2Kutsv9y4oz5u/s1600/Untitled.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn4rP6EGUJkhMXB_o5JMnrJFPjx-Bzm1JQlwEe3O95q-UOKBCLpazNX0WZusfCQF5Sd2bJMaLDA9CDfFtQZfvamXUO2DkVxpuwtda2qbgfUpHdh1BZk8qDi3S_ANNTakT2Kutsv9y4oz5u/s1600/Untitled.png" height="179" width="320"></a></div>
Daí que num desses posts, veio a chamada pra um documentário sobre as <a href="http://globotv.globo.com/gnt/gntdoc/v/happy-voce-e-feliz/3032901/" target="_blank">métricas da felicidade</a>.<br>
<br>
<i>Ah, mais uma teoria motivacional!</i> Nops! Tem gente levando a felicidade a sério! Mas o que me chamou a atenção é que, sim, <b>felicidade é uma opção,</b> não um fator etéreo externo!<br>
Pelo estudo cerca de 40% da nossa felicidade depende de <b>atitudes</b>, e só 10% é fruto do que temos.<br>
<br>
Ok, chegamos a óbvia relação entre fazer o que se gosta e gostar do que se faz.<br>
<br>
Nem precisa de estatística pra gente saber que, sim, a gente chega mais perto do estado de felicidade, realização e bem estar quando atingimos em algum grau, que seja, o sucesso, quando somos elogiados pelo que fazemos, ou simplesmente por desfrutar de alguma coisa que intendíamos.<br>
E, claro, as coisas só se aproximam da nossa expectativa se, primeiro, a gente sabe o que se quer (e tudo bem se <a href="https://www.youtube.com/watch?v=I-5BdIl7j5U" target="_blank">no meio do caminho você mudar</a> de idéia...)<br>
Da minha experiência - que moldaram várias teorias - acabei aprendendo que toda frustração nossa é fruto de má interpretação de sinais. Meu exemplo mais forte (e o que nos trouxe a esse texto) é aquele emprego "dos seus sonhos", mas que você mais idealizou do que realmente entendeu.<br>
<br>
Grande parte dos processos seletivos que eu participei, o recrutador quer saber das suas habilidades técnicas, e em alguns até querem saber como é sua vida pessoal, muito mais pra traçar um perfil psicológico-comportamental do que propriamente pra conhecer você - como pessoa, não como ferramental laboral. O enooorme erro quando depois que a gente entra pra empresa é se dar conta de que, não, a gente não sabia onde estava se metendo.<br>
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A tão sonhada felicidade no trabalho está mais perto do que voce imagina: do lado de dentro.<br>
<br>
Poxa, mais um daqueles textos de auto-ajuda? Oh, yes! Mas nem tanto...<br>
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O processo de consultoria e coach que eu comecei a desenhar é baseado num estudo de identidade corporativa, que só pode ter sucesso se, em primeiro estágio, houver motivação interna e consciência coletiva de quem é a empresa, dos calores que a movem e o tipo pessoas que precisam pra fazer com que funcione. E por isso o termo "auto-ajuda" está sempre pairando: por mais que exista um consultor pra direcionar, a resposta sempre virá de dentro.<div><br></div><div>É por isso esse estudo da felicidade ser um fator interno prova que o estigma da maior sessão da livraria é mais uma miopia do auto-conhecimento. <b>Conhecer-se é fundamental pra ser feliz!</b></div>
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O governo inflou o peito, fingiu que não sabia, fez cara de paisagem e não fez bonito.<br />
A polícia combatia a democracia, fez do povo seu próprio inimigo público, sumiu com nossa dignidade coletiva, tolerância e sincretismo.<br />
E a mídia, claro, embevecia a todos com cenário Global.<br />
O futebol foi sem graaaça... Ou não, pra quem <br />
gosta de esporte pelo esporte foi um belo campeonato!<br />
E os gringos vieram. E adoraram nossas belezas, se empolgaram com nossa energia. Se surpreenderam com nossa hospitalidade.<br />
O jeitinho brasileiro salvou a pátria. Mas só deu certo com os brasileiros de verdade, esses que suam de sol a sol e que nem ao estádio puderam ir. Os que fizeram a gentileza sua moeda de troca - e ganharam respeito e notabilidade, esses sim, sem taça, sem paparazzi, sem reconhecimento, ESSES são meus ídolos dignos de aplausos, torcida e louros!Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-86408107431164283202014-06-14T06:10:00.000-07:002014-08-30T06:10:46.433-07:00Da vida e do trabalhoQue mania as pessoas tem de desassociar suas vidas de seus trabalhos!<br />
<br />
Uma amada amigaestava em crise em casa, e teve mau desempenho no trabalho - onde é, há mais de 20 anos, a referência na coordenação de pessoal, e o chefe, compreensivamente, sugeriu que ela delegasse algumas chefias aos subalternos. E ela ficou ainda mais arrasada, porque "não podia ter deixado que a vida pessoal interferisse no trabalho".<br />
<br />
Numa outra situação, Benedetti traz um personagem tristonho por ter um trabalho insôsso e uma família insípida, embora lhe dê grande alegria direcionar o comportamento de seus funcionários para a moral e a autonomia de caráter.<br />
<br />
Mas afinal, a lacuna entre ss duas personalidades e satisfação precisa ser assim tão imensa? E o que mais me assusta: não assusta ninguém que assim o seja?<br />
<br />
Nos meus estudos sobre comportamento e branding, venho tentando entender a incongruência entre a falta de personalidade corporativa, onde as empresas conhecem seus numeros mas não sua propria postura - o que fscilitaria no desenho de estratégias e soluções de crises - e a empregabilidade das pessoas restrita apenas na parte técnica do seu desenvolvimento.<br />
<br />
Falta identidade! Em ambas as partes!<br />
<br />
Mas se as empresas sao feitas de pessoas, obviamente é com estas que o processo de auto conhecimento precisa começar.<br />
Pegue os rankings das empresas mais valiosas, as melhores pra se trabalhar, as que mais cresceram... e vamos perceber que em todas elas, a historia de vida dos seus fundadores é um fator relevante para wue entendamos o quanto a trajetoria do negócio depende da energia pessoal do cara que comanda! Logo, as engrenagens quefazem a empresa funcionar também devem se tornar conscientes de que a sua energia pessoal é que transformará sua rotina e o trabalho se torna significativo!<br />
<br />
(Continua...)Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-50900259706672350902014-06-05T06:08:00.000-07:002014-06-05T06:08:04.562-07:00De ser superiorSer, então, o melhor dos piores, ou o pior dos melhores?<br />
Certamente que, tendo a maioria em nível superior ao meu, tenho parâmetros de assenção e metas de aprendizado.<br />
Entretanto, se me é posta a situação de ser eu o ponto máximo da média, me é concedida aí a graça de estar em mim a luz orientadora e reconfortante.<br />
Estar na base inferior de uma camada superior por vezes só me foi inspirada a inveja e a cobiça, pela soberba de me considerar apta àquele patamar.<br />
Por outro lado, ao me encontrar em situação de alguma vantagem me foi despertada com maior alegria e perenidade, além da responsabilidade de "cuidar" daquele grupo, a umildade em servir e elevar o grupo compartilhando experiências e instiganto insights da própria consciência daquele que me tem como superior. E por causa desse sentimento concreto de zelo e incentivo, o crescimento do outro não causa qualquer inveja, pelo contrário, o júbilo de perceber que minha "superioridade", na realidade, é apenas inspiracional, e a cada um cabe certa evolução ao seu tempo, se catalisada por ações e atitudes positivas de todo o grupo.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-45874895478374350652014-02-23T17:02:00.000-08:002014-03-23T18:37:09.372-07:00Potencial e PerformanceEm momentos de ócio, corro logo pra página do eLearning da empresa. E num dos treinamentos de coaching, me deparo com o descritivo: <i>para esclarecer a diferença entre potencial e performance</i>.<br />
<br />
Ok, parece óbvio. Mas na prática são dois conceitos confundidos e mal empregados em auto-críticas e posicionamento pessoal. Com mais de 7 anos secretariando todo tipo de gente, em empresas de todo porte e mercado, o que eu mais ouvi dos diretores foi "ele até tem potencial, mas..." e do outro lado ouvia dos funcionários que "meu potencial é diferenciado, a empresa que não reconhece e investe!"<br />
<br />
Pelo que eu aprendi dos princícios básicos da administração, todo empreendimento precisa, necessariamente de 3 fatores para dar certo: 1 potencial; 2 planejamento; 3 investimento. E como eu sempre tive mania de levar os conceitos corporativos para a vida pessoal - afinal de contas, é sendo bons profissionais nessa sociedade capitalista que vamos conquistar realização pessoal e conquistas materiais - lá vamos nós analisar o "<b><i>eu</i>preendimento</b>".<br />
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<b>1) Potencial</b>: um empreendimento começa de uma oportunidade de mercado, pela falta de um produto ou pela diferenciação de um já existente. Com a gente não pode ser diferente: cada um tem características, experiências e vivências únicas, que se bem aproveitadas, se transformam em um potecial de destaque no mercado. Reflita sobre tudo o que você já passou, de bom e de ruim, sem falsa modéstia ou vitimismo (principalmente vitimismo!). Na boa, até defeito, se bem analisado e tratado, se torna potecial - e diferencial!<br />
<br />
Se você tem aquela inquietação constante e não para em lugar algum, é curioso, e adora enxergar um defeito no que os outros fazem, páre de se lamentar que ninguém te dá uma chance e você acaba enjoando rápido do emprego! Valorize esse pontecial! Já pensou em ser auditor de processos ou detetive? É a perspectiva que faz uma característica ser boa ou ruim.<br />
<br />
<b>2) Planejamento</b>: descoberto o potencial, é hora de colocar tudo o que você aprendeu na faculdade em prática (afinal, você não pastou 4 anos pagando mensalidade só pra pendurar um diploma na parede, né...). Planejar significa transformar uma idéia em ação. E é nesse ponto que muita gente peca. Uma idéia genial sem uma ação é só um devaneio. Com o seu potencial, que tipo de meta (realista!) é possível traçar a curto e médio prazo (já que o longo prazo é distante demais pra gerações XYW)? Definidas essas metas, analise, peça opinião, pesquise, escreva, coloque num papel, rabisque, corrija. E atualize a cada novo passo. Planejamento pode mudar no percurso, não há nada de mal nisso, desde que não se perca o foco.<br />
<br />
Exemplo: adora decoração e design, mas fez letras. Logo, o primeiro passo é uma formação - muita leitura e oficinas, no mínimo, mas se possível um curso técnico ou até outra faculdade - se já tem alguma habilidade básica necessária pro mercado. E por a mão na massa. Planejamento realista é dar <i>passos conscientes e consistentes</i>, e não acordar num dia e resolver bater na porta de um escritório de arquitetura esperando que te sirvam um café e um convite pra aprender sobre o negócio sem o mínimo de embasamento. Peça orientação a algum profissional de referência, tenha a humildade em aprender mesmo os fundamentos básicos, pesquise, estude, entenda, reveja o que já foi feito e o que precisa ser feito.<br />
<br />
E isso vale mesmo se você está bem onde está. Reavaliar-se constantemente, atualizar seu planejamento pessoal, procurar novos desafios e motivações é parte da evolução humana. Satisfação é diferente de comodismo.<br />
<br />
<b>3) Investimento</b>: esse é o ponto que temos maior dificuldade de assimilar na vida pessoal o conceito corporativo. E é o que tenho ouvido de muitos gestores que falta nas equipes. Muitas vezes a empresa até pode investir financeiramente no funcionário, mas não reconhece a contrapartida do comprometimento pessoal. Atingir um potencial requer a disciplina de manter o foco, de manter a postura de comprometimento consigo mesmo, é planejar como e quando agir, mas acima de tudo entender que às vezes algum sacrifício é necessário para conseguir alcançar aquele patamar superior.<br />
<br />
Pra aprender, você precisa estudar ao invés de dormir ou badalar (ok, é só um exemplo, a gente precisa descansar e a vida social pode te dar networking). Só é possível, por uma simples questão de lógica, ter retorno sobre aquilo em que investimos. Dedique tempo, tenha disciplina, crie rotinas, planeje as ações e não procrastine. De nada adianta reconehcer o potencial, planejar metas se não colocamos em ação.<br />
<br />
E sempre que bater aquele desânimo, preguiça, covardia, ou qualquer outro impedimento, olhe pra trás, veja o quanto você já evoluiu - o simples reconhecimento do seu potencial já é um ponto muito a favor! - depois olhe pra frente e reveja a suas metas. Ás vezes esse simples estímulo já basta, mas em outras é preciso recorrer a incentivos externos. Leia sobre o assunto, peça ajuda, desabafe com um amigo, reveja os passos que ainda devem ser dados.<br />
<br />
Aí, só aí, é que vai ser possível avaliar sua <b>performance</b>. Ela é o resultado do desempenho entre esses pontos. É o que determina, primeiro pra você mesmo, se potencial, planejamento e investimento estão <i>alinhados e dando resultado</i>. Dedique uma hora do seu fim de semana pra pensar a respeito - sim, pode ser na praia, não precisa ir pro cantinho zen... desligue-se de distraçoes, como TV, smartphone, pessoas, e comece a pensar, sem escrúpulos, no que está vivendo, no que gostaria de viver e nas condições possíveis de se aproximar mais dos seus objetivos.Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0Rio de Janeiro - RJ, Brasil-22.9133954 -43.200710099999981-23.3814229 -43.846157099999978 -22.445367899999997 -42.555263099999983tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-29565364463625050322013-05-24T18:07:00.000-07:002014-03-23T18:27:16.809-07:00O poder do obrigadoComecei a trabalhar com meus pais antes mesmo de entrar no colegial. Professores de educação física, envolvidos com sindicatos e organização de olimpíadas escolares, foram melhor laboratório de psicologia, RH, desenvolvimento e treinamento que muito workshop especializado, simplesmente porque era vivenciado plenamente.
<br />
<br />
Lembro bem de que tudo que era feito sob a supervisão de um deles - seja a empregada doméstica nas suas tarefas, ou um dos filhos com as lições da escola, os atletas treinando pra competição ou os colegas que dirigiam equipes ou apitavam os jogos - tudo, absolutamente tudo, tinha um <b>retorno imediato</b>. "Muito bem", "Legal!", "Olha, preste atenção!", "Hum, que tal fazer desse jeito?", "Vix, você pode fazer melhor, hein!"
<br />
<br />
É claro que quando a gente errava levava bronca de corar o rosto e marejar os olhos. Mas a gente sabia exatamente como estava se saindo na menor das tarefas. Naturalmente, com o tempo, não havia necessidade de broncas, e algumas coisas já nem precisavam de acompanhamento, porque <i>sabíamos como agir, conhecíamos as expectativas e as regras</i>. E, quando a situação mudava, o ajuste era mais fácil, porque tínhamos a liberdade de pedir orientação sem o receio do "pô, você fez tudo errado!" depois do leite derramado.
<br />
<br />
Desde que comecei a viver por minha conta, tenho percebido o quanto falta esse feedback constante, nas mais diversas situações! E não fiquei presa só na perspectiva de filha. Fui funcionária dos meus pais e via esse relacionamento idêntico no mundo profisisonal. Na faculdade, nos estágios, empregos, morando fora, a percepção é a mesma: colegas de trabalho que tiveram algum <a href="http://administradores.com.br/noticias/carreira/feedback-inconveniente-uma-fonte-de-doencas/75958/">chefe que dava esse feedback tinham um desempenho melhor</a>, eram mais pro-ativos, se dedicavam mais, e por menor que fosse o salário, havia a contrapartida emocional de realização, de satisfação e sucesso.
<br />
<br />
Logo que formei, trabalhava numa startup que era o sonho de todo jovem: dinâmica, participativa, em construção, com alto potencial de mercado. Eu só saí de lá porque financeiramente eu estava estagnada, não conseguiria fazer uma especialização pra subir de cargo. Chorei horrores antes de finalmente pedir demissão e ir trabalhar numa empresa maior e que me pagava mais. E apesar do pagamento ser bem melhor, os 2 ou 3 meses que eu fiquei lá detonaram toda a auto-confiança que eu tinha no meu próprio trabalho e capacidade de ser útil.
<br />
Simples: na primeira, todo mundo sabia o que o outro estava fazendo, sabia seu papel no processo completo, as pessoas se interessavam no seu jeito de fazer e na forma como se via as coisas. O dono tinha uma sala de vidro com a porta aberta, e ia na sua mesa pra ver seu trabalho e saber como estava indo. Se dava esporro era em todo mundo junto e já emendava com a solução retomando o projeto inicial com as adaptações necessárias. E quando dava certo, fazia questão de comemorar, mas quando não dava, tinha pressa em traçar alternativas depois de um curto rosnado de frustração não direcionado a ninguém. Eu trabalhava pra burro, fazia muita hora extra, ganhava só o suficiente, mas eu tinha certeza de que eu tinha minha relevância. Na outra, o chefe parecia sequer notar nossa presença (dentro da mesma sala num departamento subalterno), e nas perguntas mais básicas sobre políticas, procedimentos e diretrizes, indicava a página do manual para que verificarmos. É lógico que dava m*rda de vez em quando, mas um erro de contagem nos atendimentos feitos parecia que toda a estratégia corporativa estava em xeque! E fazia questão de contextualizar que o nosso erro sujaria a reputação dele dentro da empresa (oi? e a gente?!)
<br />
<br />
Foi aí que me dei conta do <b>poder do "obrigado!"</b>. Não da pieguice da gratidão bajuladora. Mas do <b>reconhecimento puro</b>. Sim, tem coisa que não passa da nossa obrigação, mas quando sentimos que a mais banal das atividades é importante - ou no mínimo notada - certamente seu ego, buscando repetir a sensação, vai te motivar a fazer sempre bem feito. Mas ao contrário, se existe a omissão do reconhecimento e as manifestações são apenas na hora do erro, próprio medo de falhar induz ao fracasso. O ser humano é carente de afeto (<a href="http://gestaonossadecadadia.com.br/wp-content/uploads/2013/01/Pir%C3%A2mide-de-Maslow.jpg">Maslow</a> que o diga!), precisa do reconhecimento para se sentir pleno.
<br />
<br />
E começa por nós, e vai para todas as esferas: Chegou? Cumprimente (com um sorriso, de preferência!) O jantar ficou gostoso? Delicie-se! Gostou da roupa? Elogie! O livro que te recomendaram é legal? Agradeça! Mas se te ofenderam, exprima isso sem agressividade e releve. Esqueceram de alguma coisa importante? Pensem em como contornar ao invés de explodir em frustração. Saiu tudo errado? Respire fundo e, se não temo que fazer, então não faça (leia-se fique quieto ao invés de desmoralizar)
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<br />
Simpatia e gratidão fazem milagres. Vai por mim!
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<br />
*******
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Publicado oricinalmente no <a href="http://blogpsicologando.com/2013/05/24/o-poder-do-obrigado-por-laryssa-borges/">Blog Psicologando</a>, da amada JuBaron.<br />
A <a href="http://www.blogger.com/www.dandotilt.blogspot.com">Laryssa</a> é uma inquieta convicta. Já trabalhou como vendedora, agente de turismo, secretária, marketing, eventos, treinamentos e cenógrafa. Mas gosta de resumir sua trajetória como de intensa curiosidade com a alma humana e seus processos de desconstrução, evolução e reencontro. Principalmente onde passamos (pelo menos) 1/3 do nosso dia e sustenta o resto do tempo: o trabalho!Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-53811456701164192052013-04-28T14:50:00.000-07:002013-04-28T14:51:42.694-07:0092% a 25% - dos alardes malsucedidos para a CopaNos últimos anos eu venho me dedicando a estudar as formas de comunicação corporativa: pelo material impresso, pela publicidade, por envolvimento em programas culturais ou sociais, pela forma como seus funcionários se comportam frente ao mercado, pela interação direta em eventos ou pelo simples patrocínio a qualquer causa.<br />
<br />
E, como sempre estive ligada ao mundo esportivo - aos bastidores, claro - é de praxe acompanhar toda a evolução das obras da Copa e Olimíadas conhecendo tanto o mundo dos megaeventos quanto o <i>jeitinho brasileiro</i> que milagrosamente consegue fazer com que as coisas (aparentemente) funcionem de algum modo. Com o <i>deadline</i> cada vez mais próximo, a situação é cada vez mais crítica se observarmos as notas rápidas - e igualmente tão rapidamente abafadas - em relação aos imprevistos, interdições, retardos de cronograma e necessidades de mudança no projeto, as declarações de mídia manipuladas pelos órgãos interessados em fazer dos megaeventos uma prova de que o Brasil é mais do que carnaval me deixam, no mínimo, intrigada.<br />
<br />
No começo de março, o assunto era o <a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8875819931374876018" hrer="http://oglobo.globo.com/pais/apos-atrasos-em-estadios-para-2013-fifa-aumenta-alerta-para-copa-7773470">atraso das obras</a>. Aí, dias depois, declaram que <a href="http://www.copa2014.gov.br/pt-br/noticia/maracana-chega-92-de-execucao-das-obras">92% do Maraca</a> já estavam prontos (!!!). Em seguida, anunciam a <a href="http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1252701-prefeitura-do-rio-interdita-o-engenhao.shtml">interdição do Engenhão</a> por erro de cálculo na estrutura. E então me deparo com uma manchete que retrocede o status dessas <a href="http://www.estadao.com.br/noticias/esportes,apenas-25-das-obras-da-copa-do-mundo-de-2014-estao-prontas,1023833,0.htm">obras a 25%</a>, mesmo com o jogo-teste no Maracanã agendado e mantido, apesar de <a href="http://esporte.ig.com.br/futebol/2013-04-28/maracana-moderno-reabre-inacabado-e-escondendo-da-imprensa-obras-por-fazer.html">nitidamente inacabado</a>...<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://oglobo.globo.com/in/8230652-5d7-921/FT712A/_maracana3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="183" src="http://oglobo.globo.com/in/8230652-5d7-921/FT712A/_maracana3.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
Ainda sim, entre <a href="http://www.agorafazsentido.com/2012/12/eike-falencia-parte-2.html">perdas financeiras</a>, especulações de falência e <a href="http://www.portogente.com.br/texto.php?cod=79216">socorro estatal</a>, o Eike <a href="http://esportes.terra.com.br/futebol/copa-2014/eike-batista-entra-na-briga-para-comprar-complexo-do-maracana,3caa1d81c499a310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html">quer ser dono</a> do que nosso parco dinheirinho financiou - e nem vamos entrar no mérito dos superfaturamentos e <a href="http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2011/11/07/atraso-em-obras-da-copa-gera-extra-de-720-mi-415236.asp">revisões de projetos</a> extrahonerosas...) Quem vive no mundo dos negócios e dos acordos, sabe muito bem que a estratégia para engajar de cara a recém criada IMX vai ser o trampolim para recuperação do conglomerado, mas a qual preço para o poder público? Vamos falar mais claro: <b>alguém se candidata a calcular quanto do seu salário sai de impostos e o quanto você realmente vai poder usufruir disso, sendo obrigação do tomador da verba retornar serviço a altura do valor pago?</b><br />
<br />
E quem realmente VIVE nas cidades que receberão a Copa e as Olimpíadas, fica se perguntando: aonde, afinal, estão indo os zilhões de reais teoricamente destinados às obras de revitalização de áreas urbanas e adequação de infra-estrutura pública? Ah, sim, deve ser só pra <a href="http://portomaravilha.com.br/web/sup/OperUrbanaApresent.aspx">maquiagem maravilha</a>, enquanto o <a href="http://www1.folha.uol.com.br/paineldoleitor/meuolhar/1102386-as-vesperas-da-copa-brasil-ignora-problemas-reais-expoe-leitor.shtml">real problema</a> será agravado com os <a hfer="http://liselongoblog.tumblr.com/post/6586165832/elefantes-brancos-obras-publicas-do-brasil" href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=8875819931374876018">elefantes brancos</a> que o Brasil não tem <a href="http://veja.abril.com.br/noticia/esporte/prepare-o-bolso-os-elefantes-brancos-estao-a-solta-no-pais">planejamento adequado</a> pra usar (leia-se, cadê os incentivos ao esporte divulgados em campanhas eleitorais?)...<br />
<br />
Sinceramente, tudo o que venho estudando sobre <i>branding</i> tem me despertado uma atenção aguçada sobre como as empresas tratam seus produtos e estratégias. Mas sinceramente, a <a href="http://100degreesofbrazil.wordpress.com/"><b>marca Brasil</b></a> ainda está muito confusa em toda a sua concepção... Pelo menos pra quem tem vivido dentro dela...Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8875819931374876018.post-36424694567633859762013-04-03T19:20:00.001-07:002013-04-03T19:32:00.278-07:00Da inocência de ser simplesQuando éramos crianças, tudo nos era
possível. Mas quanto mais o tempo passava, mais "não pode" ouviamos do
relação as traquinagens, algumas cicatrizes de travessuras começaram a
reprimir alguns impulsos aventureiros, os castigos pelos nossos erros
nos boicotaram a imaginação e se instaurava então a ditadura do
acerto, do prevenir-se, do medo de não conseguir.<br />
Me dei conta de que
ser adulto é abrir mão justamente daquilo que nos encanta tanto nas
crianças: a inocência de que nada é complicado, proibido,
ridículo.<br />
Tudo bem que os pequenos estão descobrindo o mundo que
nos já desvendamos e até aprendemos a manipular. Mas será mesmo que
isso realmente nos torna mais evoluídos? Não perdemos o vislumbramento
necessário à vida, à criatividade, ao medo bom que nos faz prudentes
mas destemidos, que com a visão simples, pura, inocente as crianças
vêem um mundo de possibilidades que nossos traumas, tombos e erros de
adulto já não nos permite mais enxergar?<br />
<br />
Nesse feriado peguei uns
vídeos de quando éramos crianças. Minha cena favorita é da caçula
ainda engatinhando imitando meu avô ao pegar minha vassourinha e ir
arrastar a cobra-cega que minutos antes ele enxotara de volta pra
horta. Uma amiga exclamou "que absurdo, falta de responsabilidade! Se
pica a menina, ela adoece!" e aí me dei conta do quanto somos
fragilizados e vemos perigo nos mais inocentes gestos. Naquela cena,
até bem pouco tempo, eu só conseguia notar um avô que não proibiu a
neta de brincar, olhando e cuidando de longe, pois seria excesso de zelo não lhe
permitir descobertas por suas próprias experiências.<br />
Tenho sentido que,
como adultos, temos nos permitido muito pouco do termos de risco. E
ainda chamamos isso de <i> experiência</i>... Mas o que realmente
acontece é deixarmos de agir porque já viveu algo parecido, porque
fulano já passou por isso, porque podem te chamar de sei lá o que,
porque... Por que?<br />
A vida não é <i>deja vu</i>, pode ser que com você dê
certo, que aquele detalhe que pôs tudo a perder antes agora faça tudo
funcionar, que a idéia que você faz de um fato não é bem a realidade,
que aquela situação tenha fatores alheios a sua vontade ou compreensão
que farão tudo dar certo.<br />
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Lembro que quando brincávamos com as outras
crianças da rua, nos desafiávamos a superar uns aos outros, e quando
alguém fazia a mesma coisa de um jeito diferente, se tornava o maioral
da turma! E nem precisava se dar tão bem assim! Hoje nos esforçamos pra definir padrões de comportamente e
tem quem se apavore a simples idéia de transgredir regras ou inovar - mesmo quando é necessário.
Onde foi parar nossa <i>inner voice</i> que nos transformava em heróis
de nos mesmos e nos inspirava a descobrir o mundo com uma curiosidade
insaciável, e nos fazia brincar displicentemente sem hora ou lugar,
regras ou limites?
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<i><i><a href="https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/250967_3094822224362_566510723_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="220" src="https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/250967_3094822224362_566510723_n.jpg" width="320" /></a></i></i></div>
<span style="font-size: xx-small;">Explico a foto: pesávamos pouco menos de 20kg. Sim, mamãe nos pesava e media e anotava tudo, e sempre nos dispertava a curiosidade com aquela mudança e a diferença um pro outro. Daí, quando começou a reforma de casa, a lata de 20L era uma associação óbvia! Usar essas distrações de descobertas como ganha-tempo pra lavar e pendurar as fraldas (ufa! </span><span style="font-size: xx-small;">somos 3 de 86 a 89)</span><span style="font-size: xx-small;"> só foi possível porque meus pais preservaram essa inocência de constante descoberta, e redescobriram isso com a gente! Hoje brinco de cenógrafa, ele se tornou engenheiro e ela se descobriu na arquitetura. Tudo se encaixa! Hahaha!</span><br />
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<span style="font-size: xx-small;"><br /></span></div>
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Lembrei muito da minha amiga <a href="http://blogpsicologando.com/">JuBaron</a>. A conheci num momento de auto-reencontro maravilhoso, e não houve um único dia essa semana em que não pensasse como isso deve ser mais intenso quando se tem um filho. Ou lembrando da doce Pepina, que fazia arte com a filhota e às vezes era difícil não se divertir como se fossem ambas criancinhas... Escutar a Flavinha se espantando com filmagens da infância que dispensaram o retorno ao psicólogo, e da Bia e a Nai contando com um sorriso imenso - não com saudade, mas nostalgia autêntica e viva - das molecagens do colégio... E ainda as tardes risonhas no colo do namorado confessando vontades infantis - mas ainda vivas! - que quase se perdem nas obrigações da vida de adulto...<br />
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Poder perceber novamente o mundo pelos olhos da inocência, da simplicidade, se deixar afetar e maravilhar com o menor detalhe é um milagre que acontece o tempo todo...</div>
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Seus olhos estão abertos e iluminados o bastante pra enxergar?</div>
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Laryhttp://www.blogger.com/profile/18131707731955002602noreply@blogger.com0