domingo, 13 de março de 2011

QI, ou networking

É habilidade essencial hoje o relacionamento com as pessoas.
Por esse fato, não sou nada contra - chego a ser completamente a favor e incentivadora - do fator QI, ou quem indica.

Calma, explico:

Em uma seleção por um cargo, qualquer pessoa pode criar um curriculo invejável, mas são os relacionamentos - ou referências - profissionais e a cadeia de contatos que esta pessoa conseguiu desenvolver durante a vida - o que vale também para jovens aprendizes que criam esse relacionamento com professores do colegial e colegas nos trabalhos em grupo - é que vai determinar a possibilidade de bom desempenho.

Deixemos a hipocrisia de lado: se alguém que você tem confiança profissional pede que você entreviste um fulano, por mais que seu currículo não seja o melhor do mundo, o simples fato de ter sido indicado lhe dá o crédito de respeito e confiabilidade.

E dificilmente uma pessoa pede "apadrinhamento" sendo completamente incapaz, e ninguém em sã consciência irá arriscar sua reputação encaminhando pessoas incompetentes levando seu nome junto.

Um profissional que tenha sido indicado para uma vaga não é mais ou menos competente do que alguém "aleatório". Entretanto espera-se que, por ter sua entrada avalisada por outra pessoa, se busque provar sua competência, superar-se, fazer valer a pena. Do contrário, não será capaz dereceber uma segunda indicação caso seja dispensado pelo trabalho relapso consequência de uma sensação de que não precisa se esforçar.

Nepotismo já é diferente. Empregar alguém só porque é da família pode ser um tiro pela culatra, mas se seu primo é competente, sua filha tem as habilidades que você precisa, sua esposa é excelente naquela função, olhemos com critério se seria humanamente prudente arriscar uma contratação de alguém desconhecido só porque tem um diploma "pesado" e dispensar uma pessoa de confiança, que entende seus objetivos e valores, sabe da importância do trabalho.

O QI, no sentido de relacionamento, networking, é positivo tanto para as empresas (já que dá uma melhor margem de confiança) quanto para a pessoa (pois afirma a sua boa índole e capacidade de multiplicação de canais de comunicação).
A indicação - e reitero que para a seleção! - deve ser usada apenas como uma chave, mas quem conseguirá abrir e passar pela porta do sucesso é a pessoa. Por isso o interesse e o empenho é que serão determinantes na contratação. Nisso o candidato "aleatório" pode estar extremamente superior.


Portanto, querendo ser um bom profissional, jamais deixe-se acomodar sendo apenas competente pra si mesmo. E nunca permita que as pessoas o ignorem. Faça-se notar, mantenha boa comunicação, atualize-se e se interesse pelo trabalho dos outros, pra que haja uma reciprocidade. Não por interesse, mas por sobrevivência. Mas esse já é outro tópico...