Na semana que vem apresento minha monografia da especialização. E logo que tive a confirmação da minha banca, agendei uma reunião com a UBRAFE. Minha surpresa foi a própria entidade não ter consciência do seu fundamento como aglutinador de um mercado que é responsável por reunir, num mesmo ambiente, toda a cadeia relacionada a um determinado setor.
A tese foi desenvolvida por uma percepção simples, óbvia, mas ignorada ainda fora dos grandes centros, onde a realidade de feiras de negócios ainda não foi consolidada. Teoria de marketing simples: use o canal de comunicação com seu público que tem a maior abrangência de acesso a ele.
Mas mesmo com a mídia mais direcionada possível, o fator de dispersão do seu público ainda é muito grande.
Já numa feira de negócios ou evento corporativo o público está 100% (ou bem próximo disso) interessado no seu negócio, e pelo levantamento feito pela Feira&Cia no evento de 2010, 54% do público presente é o responsável pelas negociações e fechamento de negócios na empresa, e outros 38% influenciam a escolha do fornecedor.
Por mais que o investimento em ações promocionais desse porte sejam maiores, a taxa de retorno do investimento também é muito maior, mesmo proporcionalmente. Motivo: <b>concentração e foco</b>.
Um panorama que as associações e entidades também ainda não conseguiram permear é a falta de cultura de eventos desse porte e estrutura fora dos grandes centros. Cidades do interior só conhecem as festas de produção - e olha lá - como eventos corporativos (o demais eventos se resumem a casamentos, festas temáticas e reuniões sociais promovidas em datas comemorativas)
Em alguns setores, as conferências anuais e feiras de setor são a única oportunidade de estar pessoalmente com fornecedores e clientes.
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