segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

27

Sempre quis chegar aos 27. Aos 7 eu mal sabia de mim, aos 17 eu me sentia dona de mim, aos 37 eu já quero não ter tantas aflições de conquistas por alcançar, dos 47 em diante, só usufruir e me alegrar com tudo o que tiver sido construído. Algo me dizia que só agora é que eu teria, enfim, a plena consciência de que comemorar aniversário é bobagem, que o bom mesmo é celebrar a vida em cada dia, em cada momento, em cada ausência e em cada encontro. E poder ter a alegria de receber cada abraço com o verdadeiro carinho de agradecer ão aos cumprimentos, mas a Deus por me abençoar tanto, com tanta coisa simples, mas de tão rara hoje em dia, preciosas: família, raros e bons amigos, um amor sereno e parceiro, um trabalho que me desafia, energia pra buscar o que ainda não germinou...

Mas acima de tudo, chegar aos 27, da forma como eu cheguei, depois de tantos tropeços, de tanto sofrimento - muitas vezes desnecessário, e com tantas revelações peculiares e surpreendentes, me fez ter um fim de ano de uma reflexão doce, humilde, silente, transbordantemente em paz. Hoje sou feliz, com uma tranquilidade imensurável, uma segurança na alma que só pode vir de Deus, e de tudo o que ele me inspira e me permite aprender.