terça-feira, 29 de novembro de 2011

Do atendimento que importa

Gosto de manter as coisas limpas e organizadas. Não, eu não tenho TOC igual o Monk. É só uma maneira de deixar com que as coisas realmente importantes estejam sempre à vista, e a energia sempre renovada.
E numa dessas "faxinas", achei um texto adorável que a Anninha me mandou em 2005, quando começamos a faculdade.

Interessante é perceber que já tem tempos em que muito se tem escrito e discutido sobre "agradar", no melhor dos sentidos. Ei-lo!

"Um fósforo
Uma bala de menta
Uma xícara de café
E um jornal


Estes quatro elementos fazem parte de uma das melhores histórias sobre atendimento que conhecemos.


Um homem estava dirigindo há horas e, cansado da estrada, resolveu procurar um hotel ou uma pousada para descansar.
Em poucos minutos, avistou um letreiro luminoso com o nome: Hotel Venetia.


Quando chegou à recepção, o hall do hotel estava iluminado com luz suave. Atrás do balcão, uma moça de rosto alegre o saudou amavelmente:


- Bem-vindo ao Venetia!


Três minutos após essa saudação, o hóspede já se encontrava confortavelmente instalado no seu quarto e impressionado com os procedimentos: tudo muito rápido e prático.


No quarto, uma discreta opulência; uma cama, impecavelmente limpa, uma lareira, um fósforo apropriado em posição perfeitamente alinhada sobre a lareira, para ser riscado. Era demais!


Aquele homem que queria um quarto apenas para passar a noite, começou a pensar que estava com sorte. Mudou de roupa para o jantar (a moça da recepção fizera o pedido no momento do registro).
A refeição foi tão deliciosa, como tudo o que tinha experimentado, naquele local, até então. Assinou a conta e retornou para o quarto. Fazia frio e ele estava ansioso pelo fogo da lareira.
Qual não foi a sua surpresa! Alguém havia se antecipado a ele, pois havia um lindo fogo crepitante na lareira.
A cama estava preparada, os travesseiros arrumados e uma bala de menta sobre cada um. Que noite agradável aquela!


Na manhã seguinte, o hóspede acordou com um estranho borbulhar, vindo do banheiro. Saiu da cama para investigar. Simplesmente uma cafeteira ligada por um timer automático, estava preparando o seu café e, junto um cartão que dizia: "Sua marca predileta de café. Bom apetite!" Era mesmo!


Como eles podiam saber desse detalhe?


De repente, lembrou-se: no jantar perguntaram qual a sua marca preferida de café. Em seguida, ele ouve um leve toque na porta. Ao abrir, havia um jornal. "Mas, como pode?! É o meu jornal!
Como eles adivinharam?"


Mais uma vez, lembrou-se de quando se registrou: a recepcionista havia perguntado qual jornal ele preferia.


O cliente deixou o hotel encantando. Feliz pela sorte de ter ficado num lugar tão acolhedor. Mas, o que esse hotel fizera mesmo de especial?


Apenas ofereceram um fósforo, uma bala de menta, uma xícara de café e um jornal.


Nunca se falou tanto na relação empresa-cliente como nos dias de hoje. Milhões são gastos em planos mirabolantes de marketing e, no entanto, o cliente está cada vez mais insatisfeito, mais desconfiado. Mudamos o layout das lojas, pintamos as prateleiras, trocamos as embalagens, mas esquecemos-nos das pessoas.


O valor das pequenas coisas conta, e muito. A valorização do relacionamento com o cliente. Fazer com que ele perceba que é um parceiro importante!


Isto vale também para nossas relações pessoais (namoro, amizade, família, casamento) enfim pensar no outro como ser humano é sempre uma satisfação para quem doa e para quem recebe. Seremos muito mais felizes, pois a verdadeira felicidade está nos gestos mais simples de nosso dia-a-dia e na maioria das vezes passamos desapercebidos".
(Desconhecido, mas quem souber quem escreveu, me avisa!)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Beleza põe a mesa, sim!

Vendedores bonitos vendem muito mais!

É com essa frase que o Automatizando anuncia seu post, que pode até causar polêmica, mas que se formos pensar sem hipocrisia, é a mais pura verdade!

Sim, eu prefiro a mocinha arrumadinha que teve a preocupação de pentear o cabelo, pasar um lápis no olho e um hidratante nos braços antes de ir pro trabalho, que mantém a roupa limpa e no tamanho adequado, do que aquele ser estranho que nunca fez a sobrancelha, o esmalte está descascando e acha interessante usar a calça 4 numeros a menos com uma camiseta amarrotada.

Por outro lado, se um vendedor lindíssimo, de deixar Pierce Brosnam com cara de patino feio, vier me atender com cara de sono, nem adianta tanta beleza se não for prestativo e atencioso. Aí eu prefiro a feinha desarrumada mas que ficou o tempo todo ali por perto, mas sem me sufocar...

Não precisa ser um galã pra ser bom vendedor. Beleza é muito mais uma questão de cuidado com a própria imagem, higiene e postura do que fisionomia ou manequim. Uma pessoa de aparência comum, mas simpática é muito mais atraente do que uma modelo carrancuda. De alguma forma sua imagem pessoal precisa seduzir as pessoas. É isso que gera uma venda, concretiza um negócio, atrai atenção.

Cuidado com os excessos! Falta de zelo ou excesso de conteúdo tem um efeito igualmente repulsivo!

sábado, 20 de agosto de 2011

Anexo: meu CV

Alguns amigos me procuraram recentemente pra pedir ajuda, repensar sua postura, seu branding. Um se formou, fez pós, deu aula na faculdade e foi procurar emprego no Pará. Sem esconder sua personalidade, percebeu situações em que deveria ponderar ou exaltar. Outra tem um gênio forte, e bastou ela conseguir "manipular" isso e conseguir um bom emprego na sua área de formação sem deixar de lado a imagem marcante desde a primeira vista. Uma há tempos não conseguia passar numa entrevista, até entender a diferença entre concorrer a uma vaga e suplicar emprego.

Vi num filme esses dias que um cara estava procurando emprego, e ao invés de mandar seu currículo, escreveu uma carta para o gerente, contando como ele poderia usar seus talentos na empresa, e o que ela ganharia com isso, abordando os clientes de acordo com o seu perfil pessoal, e não só a formação acadêmica ou histórico profissional.
Já ouvi um estudante de engenharia contando como conseguiu o emprego na automobilística: mandou um relatório de como a diminuição de 1mm na circunferência do volante poderia impactar no orçamento, sem prejudicar performance.
Um conhecido me mostrou o curriculo que ele mesmo desenvolvera como designer: formas, cores, layout diferenciado. Inédito até então.

Claro que há restrições de políticas de apresentação, mas ao invés de uma página branca, relatando de forma protocolar suas experiências nas empresas - sempre dando aquela caprichada pra impressionar, claro - já pensou em se apresentar pessoalmente, tendo em mãos um verdadeiro portifólio que represente sua personalidade e especialização profissional?

Audacioso? Incomum? "Fora da caixinha"? Modéstia às favas?

É justamente o que o perfil desejado em muitas empresas e cargos tem esperado ver logo no primeiro contato com as empresas. Num mercado em que até os curriculos (e digo o acesso à formação e possibilidades de "descritivos" invejáveis para cargos básicos) é preciso se diferenciar em todos os aspectos, desde o primeiro contato - daí a idéia de inovar o seu curriculo - até fuginde de frases feitas e lugares-comuns nos contatos e entrevistas.

À primera vista, somos todos iguais, e existe um padrão gráfico e de conteúdo nos curriculos. Banco de talentos e cadastros para recrutamento existem aos montes. E a atitude mais relapsa é justamente esperar conseguir um emprego apenas com essa "prospecção" que mais parece spam.
Com essa postura, somos meros frutos numa caixa, esperando pra serem apanhados, sem grande diferenciação.

Pensando nessa diferenciação, e fazendo da necessidade um novo negócio - é dela que nascem as melhores soluções, não?! - o site Orange, resumiu em uma frase seu conceito, e desencadeou toda uma reflexão sobre como nos expomos ao mercado de trabalho.

Ao buscar uma nova colocação no mercado, é preciso reconhecer o seu valor, saber das suas capacidades e otimizar suas características, criando notabilidade através do seu networking. Mandar curriculos pela internet e ficar esperando que algum recrutador entre em contato só é válido se o seu curriculo for impressionante, o que com a facilidade de formação e - sejamos realistas - eloquência de alguns, não significa muita coisa.

Imprima sua personalidade em toda situação. A começar do seu curriculo, por que não? Respeite as regras de etiqueta e políticas das empresas que pretende se apresentar, e analise a concorrência, buscando saber seu potencial e diferencial. As emrpesas encaram seus empregados assim, porque não ter o mesmo conceito sobre a sua própria empregabilidade também?

domingo, 3 de julho de 2011

Do ócio (ou Gaveta Vazia)

Durante a faculdade brincava que apresentaria meu TCC com as malas no carro, pronta pra me mudar por oportunidades melhores de trabalho. Dois dias antes da minha banca recebi a convocação pra assumir um cargo público numa cidade maior.
Três meses depois, pedia exoneração para atuar numa empresa privada. Não queria esperar 2 anos batendo carimbo atrás de um balcão até poder concorrer um cargo mais alto. Com salário menor, e uma rotina muito mais intensa, que me proporcionaria desafios e aprendizado, comecei a sentir o gosto bom da adrenalina de atender muita gente, com pouco tempo, e recursos ainda por desenvolver.

Esse mês fiz o caminho inverso. Estava numa agência paulista, com uma rotina de dedicação praticamente exclusiva. Rádio ligado 24h/dia, sem fins de semana, notebook a tira colo o tempo todo. Ia pro pavilhão de eventos às 7 da manhã, saia da firma às 9 da noite. Adrenalina, intensidade, produtividade total. Uma promotora me fez uma proposta de um salário expressivamente maior, pra um cargo dentro da minha formação acadêmica, indicada pelo meu desempenho peculiar e diferenciação profissional.

Só que até o negócio pegar o mesmo ritmo alucinante, passei os primeiros dias em quase absoluto ócio.

Para muitos, o trabalho ideal é justamente não ter grandes responsabilidades, receber um holerite poupudo e mordomias no escritório. Mas pra mim, tem sido um choque e tanto.
Tempo ocioso, cabeça cheia de idéias, vontades, planos, desejos. Querer fazer milhões de coisas, ter consciência da própria capacidade, mas precisar ponderar sobre cada iniciativa, cada exposição, querer mostrar além do que se pede, e ao mesmo tempo, saber da imprudência de que cada ato pode ser entendido como exibicionismo, e acabar prejudicando a qualidade do que é apresentado.

E uma reportagem hoje me vez refletir sobre o impacto desse tempo em que o sentimento de inutilidade me abateu, me causou uma leve crise existencial.
A inércia da inatividade pode fazer muitas pessoas simplesmente se acomodarem num ritmo - ou com a falta dele - e realmente se tornarem improdutivas, insignificantes, irrelevantes. E daí é extremamente difícil sair dessa fase e voltar a uma posição decente, cuja recompensa seja a tranquilidade do frenesi das vitórias e conquistas que causa orgulho.

Depois de muitos comentários essa semana, e muita reflexão, discussões, e conselhos pra alguns amigos que me procuram pra melhorarem sua postura no trabalho, nada melhor do que um domingo frio e com promessa de chuva para organizar pensamentos, metas, colocar no papel planos, idéias, ouvir meus próprios conselhos e refletir, além de abrir meu já defasado projeto ToDoToGetThere para atualizações, e descansar com uma boa leitura.

NADA É JUSTAMENTE O QUE MUITA GENTE QUER PRA SER FELIZ.
NADA É TUDO O QUE EU PRECISO PRA FAZER TUDO!

domingo, 13 de março de 2011

QI, ou networking

É habilidade essencial hoje o relacionamento com as pessoas.
Por esse fato, não sou nada contra - chego a ser completamente a favor e incentivadora - do fator QI, ou quem indica.

Calma, explico:

Em uma seleção por um cargo, qualquer pessoa pode criar um curriculo invejável, mas são os relacionamentos - ou referências - profissionais e a cadeia de contatos que esta pessoa conseguiu desenvolver durante a vida - o que vale também para jovens aprendizes que criam esse relacionamento com professores do colegial e colegas nos trabalhos em grupo - é que vai determinar a possibilidade de bom desempenho.

Deixemos a hipocrisia de lado: se alguém que você tem confiança profissional pede que você entreviste um fulano, por mais que seu currículo não seja o melhor do mundo, o simples fato de ter sido indicado lhe dá o crédito de respeito e confiabilidade.

E dificilmente uma pessoa pede "apadrinhamento" sendo completamente incapaz, e ninguém em sã consciência irá arriscar sua reputação encaminhando pessoas incompetentes levando seu nome junto.

Um profissional que tenha sido indicado para uma vaga não é mais ou menos competente do que alguém "aleatório". Entretanto espera-se que, por ter sua entrada avalisada por outra pessoa, se busque provar sua competência, superar-se, fazer valer a pena. Do contrário, não será capaz dereceber uma segunda indicação caso seja dispensado pelo trabalho relapso consequência de uma sensação de que não precisa se esforçar.

Nepotismo já é diferente. Empregar alguém só porque é da família pode ser um tiro pela culatra, mas se seu primo é competente, sua filha tem as habilidades que você precisa, sua esposa é excelente naquela função, olhemos com critério se seria humanamente prudente arriscar uma contratação de alguém desconhecido só porque tem um diploma "pesado" e dispensar uma pessoa de confiança, que entende seus objetivos e valores, sabe da importância do trabalho.

O QI, no sentido de relacionamento, networking, é positivo tanto para as empresas (já que dá uma melhor margem de confiança) quanto para a pessoa (pois afirma a sua boa índole e capacidade de multiplicação de canais de comunicação).
A indicação - e reitero que para a seleção! - deve ser usada apenas como uma chave, mas quem conseguirá abrir e passar pela porta do sucesso é a pessoa. Por isso o interesse e o empenho é que serão determinantes na contratação. Nisso o candidato "aleatório" pode estar extremamente superior.


Portanto, querendo ser um bom profissional, jamais deixe-se acomodar sendo apenas competente pra si mesmo. E nunca permita que as pessoas o ignorem. Faça-se notar, mantenha boa comunicação, atualize-se e se interesse pelo trabalho dos outros, pra que haja uma reciprocidade. Não por interesse, mas por sobrevivência. Mas esse já é outro tópico...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desafio físico: recompensa mental

Nessa semana eu tenho tido, digamos, tempo ocioso suficiente pra navegar, ler e clicar em todo ink que me interesse.

Até eu receber um retuite de um Desafio de corrida, que me fez lembrar do meu trabalho de conclusão de curso.

Formei em Secretariado, mas como bailarina desde os 4 aninhos, não poderia resistir e acabei falando sobre a importância da prática de atividades físicas e o condicionamento físico para um melhor desempenho no trabalho praticamente sedentário de escritórios.

Me mudei pra São Paulo em Janeiro, e com muita satisfação eu via algumas pessoas pedalando para o trabalho. Eu tinha que sair de casa com pelo menos 1 hora de antecedência do meu início de um estágio, caminhar até a estação de trem, atravessar uma estação inteira pra pegar outro metrô, subir uma ladeirinha ou pegar um ônibus pra chegar no escritório, ainda com sono, já cansada de tanto ver gente de cara amarrada ou amassada de sono mesmo. Pedalando, eu saia de casa 30 minutos antes, conseguia ouvir o rádio sem a interferência dos ruídos de metal dos trilhos, chegava lá bem disposta, com o corpo ativo e a mente já funcionando, me arrumava enquanto o computador ligava, além de não precisar pagar academia pra manter a forma.

"Mas é porque você é descolada, né. Nem todo lugar dá pra pedalar". Tem gente que faz por necessidade, por hábito, por praticidade. Eu faço por tudo isso.

O simples fato de sair de casa, estar ao ar livre, movimentar o corpo, faz com que a circulação do sangue seja mais intensa, e sua percepção sensorial pode colaborar muito pra o desenvolvimento de uma sensibilidade maior, podendo conseguir interagir com o meio mais facilmente.

Sim! Andar pelo parque depois de um dia estressante faz você respirar fundo, raciocinar com calma sobre o que aconteceu naquele dia, pensar melhor sobre o que deve ser feito, e o fato de seu corpo estar em movimento liberando substâncias naturais na sua circulação otimizam o raciocínio!

Outro benefício é a disciplina que é criada com a prática de alguma atividade, além do auto-conhecimento. Conhecer seu corpo, suas reações, enfrentar desafios e ter garra para superá-los são formas de você estar psicologicamente preparado para as situações de pressão, cobrança e delicadas do cotidiano.

Mas o mais importante, é fazer de qualquer exercício um momento de lazer, de relaxamento, que, mesmo com o cansaço físico, te dê prazer em fazê-lo.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Paternalismo governista (ou povo torpe?)

Ouvi ontem no rádio e não resisti ao comentário: Silvio Santos vendeu o banco, numa negociação de quase meio bilhão de reais. E nem precisou acionar o governo pra isso, como aconteceu com algumas outras empresas privadas por bem menos pouco tempo atrás.
Tá, não faço nem idéia como funconam cifras, mercado de ações, finanças. O que me chamou a atenção foi a observação de que "fora tudo resolvido no privado, assim como foram concebidas as empresas envolvidas".

O  governo (pelo menos o brasileiro) tem confundido seu papel de gestor de recursos e mantenedor de serviços básicos com a função torpe de assistencialismo desmedido. O governo paga esses benefícios com o discurso de que esse assistencialismo dá condições de diminuir a pobreza. Desculpa, mas com R$200 por mês, pra uma família inteira, dá nem pro leite azedo de liquidação.

Convence o moço de que ele precisa trabalhar de sol a sol, aguentando patrão, trânsito e condições desumanas, deixando de lado os bolsas-fico-informal-que-ganho-duas-'veiz' que vai pagando benefícios sem o menor esforço, desde que ele prove que não ganha mais de R$70 por mês pra tirar um trocadinho a mais e complementar a renda de ambulante. Sem carteira assinada, até eu consigo!
Convence a garotinha de que ela precisa estudar, passar 11 anos na escola, aguentando professor mal formado, mal pago e mal tratado que não sabe pra que ensina algoritmos (aliás, pra que serve isso fora de exatas mesmo?), ao invés de ela ir "pra night", onde não tem como comprovar renda e ela ainda pode rquerer mais um benefício do governo.
Convence sindicalista de que aumentar o salário só aumenta mais a bola de neve financeira, que é preciso cobrar aumento de investimento em educação financeira e orientação no planejamento. Mas pra quê, se é mais fácil ter a sensação paleativa de que estão defendendo a classe aumentando 7% do salário, enquanto o valor da Cesta Básica aumentou mais de 15%.

Agora, me convence que os 30% do meu salário que ficam retidos 'tão realmente pagando a escola que meus filhos vão estudar, o hospital que eu precisei quando fui atropelada, que nem uma radiografia tiraram, que paga o policiamento que dorme ouvindo rádio embaixo da minha janela enquanto do outro lado tem um drogado esfaqueando um. Me mostra onde tá o IPVA da moto que eu custei a pagar porque tive que usar o dinheiro arrumando a roda empenada por uma cratera na rua. E onde foi parar o imposto embutido nos produtos que eu compro que não financiam o P&D das empresas e que continuam demitindo gente ao invés de otimizar a produção?

E por falar em 'cadê?', ainda não desceu a história de político que nem sabe pra que foi eleito e que além de salários inacreditáveis, ainda tem auxílio gabinete, cartão corporativo, reembolso de despesas, auxílio paletó!

De um lado uns com tanto. Outros com tão pouco.
Grana de menos pra "jeitinhos" demais.
Escrúpulo zero pra uma conta poupuda.

Eita, Brasil!

domingo, 30 de janeiro de 2011

Justificativa

Sempre fui nerd. Então, nada mais óbvio que começar alguma coisa como se começa um trabalho acadêmico: justificativa, biografia e metodologia.

De uns anos pra cá, eu comecei a escrever coisas mais produtivas do que um simples diário. Comecei a observar comportamentos - pessoas, mercado, empresas, mídia - e relacionamentos - sociais, afetivos, comerciais - e a escrever sobre, pra uma reflexão constante sobre o tema. Tinha anotações pra todo lado, mas ultimamente ando com um único caderno, que reúne to do lists, receitas, reflexões e pieguices. Esse último item, vou deixar pro Silêncio Abstrato.

O resto (na verdade é a maior parte do conteúdo, tipo 90%) precisava de um jeito de publicar. Pra mostrar, pra saber opiniões, pra quem sabe alguém achar que tem alguma coisa de útil e ter esperança de que a humanidade ainda é pensante, crítica e não se deixa levar pelos (cada vez mais endinheirados e desintelectualizados) formadores de opinião.

Um blog que eu não hesite em linkar em perfis virtuais, fichas de emprego e até usar como portifólio, quem sabe.

Aos 25 anos de idade, reconhecendo que o modismo do blog ainda persiste com milhões de post "retuitados", copiados sem os devidos créditos, mal editados, ralos ou cheios de preconceitos, mediocridades e desvalorizações humanas, mas motivada por tantos outros construidos com maturidade, humor inteligente, opiniões desprete3nciosas mas bem fundamentadas, o Dando Tilt tem o propósito de dar vasão aos escritos, análises e reflexões que vão surgindo de notícias, aleatoriedades, conversas, descobertas, TV e internet.

En'Dioy!!!