segunda-feira, 18 de maio de 2015

Significância

Meu feed do LinkedIn está cada vez mais cheio de citações sobre felicidade no trabalho, senso de significado, realização e satisfação.
Pra uma sociedade acostumada à chibata, à discrepância salarial e a se submeter a subempregos para sobreviver, isso parece meio utópico.
Mas não precisa ser.

É claro que nem sempre podemos escolher o emprego dos nossos sonhos. Mas aquela velha frase de "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional" vale pra postura profissional também. Existe sentido em todos os trabalhos. Se você ocupa determinada posição, certamente é por uma das duas coisas: afinidade ou necessidade.

Se é por afinidade, já está no caminho pra realização. É um dom, vocação, trajetória intuitiva, ou "coincidências" que o levaram até aí. Encontrar o sentido de ser da sua tarefa é questão de perspectiva, de saber usar o que você tem de bom em favor de algum objetivo (e tudo bem se ele for estritamente pessoal, pelo menos é um objetivo pra te tirar do lugar e de cabeça erguida!)

Se é por necessidade - afinal, todo mundo tem conta pra pagar e as vezes a estrada entre o sonho e o que você pode oferece é longa ou até indefinida... - tenha em mente esse objetivo. "Eu trabalho só pra pagar a faculdade" então honre essa meta acadêmica sendo um empregado confiável que as pessoas o queiram por perto, e que essa firmeza da meta o torna determinado, e isso pode te destacar rumo ao que você realmente quer. "Eu não sei o que eu quero, trabalho só pra ganhar uma grana". Ainda sim, por mais que eu objetivo seja etéreo e externo, ter um objetivo te mantém no foco. Senão qualquer bico dá pro gasto, e nada vai te satisfazer, e nesse caso você precisa ter consciência do que precisa fazer para se manter empregado.

(continua...)

sexta-feira, 27 de março de 2015

Na semana que vem apresento minha monografia da especialização. E logo que tive a confirmação da minha banca, agendei uma reunião com a UBRAFE. Minha surpresa foi a própria entidade não ter consciência do seu fundamento como aglutinador de um mercado que é responsável por reunir, num mesmo ambiente, toda a cadeia relacionada a um determinado setor.

A tese foi desenvolvida por uma percepção simples, óbvia, mas ignorada ainda fora dos grandes centros, onde a realidade de feiras de negócios ainda não foi consolidada. Teoria de marketing simples: use o canal de comunicação com seu público que tem a maior abrangência de acesso a ele.

Mas mesmo com a mídia mais direcionada possível, o fator de dispersão do seu público ainda é muito grande.

Já numa feira de negócios ou evento corporativo o público está 100% (ou bem próximo disso) interessado no seu negócio, e pelo levantamento feito pela Feira&Cia no evento de 2010, 54% do público presente é o responsável pelas negociações e fechamento de negócios na empresa, e outros 38% influenciam a escolha do fornecedor.

Por mais que o investimento em ações promocionais desse porte sejam maiores, a taxa de retorno do investimento também é muito maior, mesmo proporcionalmente. Motivo: <b>concentração e foco</b>.

Um panorama que as associações e entidades também ainda não conseguiram permear é a falta de cultura de eventos desse porte e estrutura fora dos grandes centros. Cidades do interior só conhecem as festas de produção - e olha lá - como eventos corporativos (o demais eventos se resumem a casamentos, festas temáticas e reuniões sociais promovidas em datas comemorativas)

Em alguns setores, as conferências anuais e feiras de setor são a única oportunidade de estar pessoalmente com fornecedores e clientes.