terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vamos jogar bola!


Tomei birra de futebol quando era criancinha e meu pai se machucou feio numa pelada de fim de semana, quando um idiota deu um carrinho alto e rompeu um músculo da coxa. E desde então, não via a menor graça em passar 1h30 na frente da TV pra ver um bando de gente correndo quilômetros pra lá e pra cá sem muito resultado efetivo. Outros esportes eram mais densos: vôlei na estratégia , basquete agilidade, handebol destreza, natação velocidade, balé leveza, lutas consciência, atletismo superação.

Aí comecei a namorar um corinthiano roxo. E logo vim morar em São Paulo. E com ele no Rio, todo jogo ele perguntava e eu comecei a acompanhar de leve só pra saber mais. E aí veio a Libertadores, e aí fui entender o que é essa febre que fez esse povo ficar até altas horas da madrugada no meio da semana comemorando!

Não, não foi o fato de um título inédito invicto inflamando os torcedores. Não é por morar perto do estádio e ver a galera uniformizada, ou nem precisar ligar a TV porque o bar da esquina já grita a cada lance. Nem o fato de eu namorar um corinthiano que me fez ceder aos encantos da Fiel. Foi uma questão puramente profissional: a percepção da campanha ostensiva de marketing que o clube faz, não voltada só pra sua torcida, mas pra todo mundo.

Os times tem percebido a força de estender a sua comunicação de modo sedutor a quem também não torce.  As redes sociais se tornaram canais de comunicação óbvios, os sites se aprimoram dia a dia, produtos personalizados, e todo tipo de ação que conclama as pessoas a investirem no seu time estão sendo criadas - de chamar a torcida pra apoiar o time a transformar estádios em shoppings - e abrir comemorações ao público.

“Ninguém se lembra de um comercial visto na TV no dia anterior. Mas uma pessoa se lembra de um evento ao qual compareceu por semanas. É a sensação que vale”, afirma Clarisse Setyon, especialista em Marketing Esportivo. 

O futebol no Brasil é um negócio, não é só um esporte. Patrocínios milionários, campanhas publicitárias, valorização de passes. Tudo é estratégia de investimento! As empresas também tem procurado se envolver massivamente por reconhecer o potencial de exposição e promoção sensorial positivo com essa paixão nacional - e com a Copa, mundial!



Continuo não sendo lá grande fã de futebol. Mas no país do futebol, onde qualquer espaço entre duas coisas se torna gol, e com a Copa chegando aí, é impossível resistir ao apelo emocional.

Nasci dentro das quadras, sei bem que a vibração das arquibancadas contagia o time em campo. E se bem trabalhada, toda essa energia sustenta uma equipe de diversas formas - moral e financeiramente!

O futebol tem esse poder de engajamento, e outros esportes podem fazer escola e aprender a atrair investimentos de diversas fontes se conseguirem despertar essa magia. As Olimpíadas estão aí, temos bons atletas que não são adequadamente motivados e valorizados em diversas modalidades, e já é passada a hora de agir e incentivar!

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Prece...

As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso? [663]
- Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te e o Céu te ajudará, sabes isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grandemal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vosa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quanto males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto Ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, Ele vos suscita o pensament necessário para vos tirar da confusão.




Livro dos Espíritos, Allan Kardec

Sim, devemos parar de esperar por grandes milagres. Deus nos inspira coragem e só nos pede que tenhamos os olhos abertos e o coração confiante na Sua providência!

De nada adianta toda a luz do mundo se nos escondermos nos medos e mediocridades mundanas...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Alô? Mercado?

Um estudo realizado pela Accenture analisa a forma como clientes precisam ser atendidos. A multiplicidade de canais a disposição, hoje, precisa ser entendida e explorada.

Quando tento falar com uma empresa que não tenho um contato direto, busco um telefone de SAC. Se em duas tentativas não tenho êxito, mando email ou tento atendimento por algum canal online. Quando ainda sim tenho dificuldade, tento localizar um telefone "normal" da empresa, ou a página em alguma rede social.

Quando um desses canais dá certo, volto a me comunicar com a emrpesa por meio do que funcionou. Mas qualquer problema que eu enfrente na comunicação, tenho alternativas.

Empresas que restringem o contato com seus clientes a um único canal - telefone SAC, chat ou email de representante - perde a possibilidade de ouvir o cliente e ter sua confiança. As empresas precisam perceber que não é a aquisição de um produto que faz um consumidor, mas a fidelidade que ele tem a sua marca e as referências que ele pode dar sobre os serviços que a empresa oferece. E com isso gerar negócios indiretos, além do consumo próprio quando tiver necessidade.

O marketing tem percebido que o mercado hoje não é mais dividido em nichos - idade, poder aquisitivo, grau de instrução, localização geográfica. As empresas estão se reposicionando e entendendo que um mesmo consumidor tem momentos diferentes de consumo, preferências específicas de acordo com algumas circunstâncias, e a dinâmica dessa variedade de cenários deve ser prevista e - pra que a emrpesa sobreviva - os canais de atendimento devem ser desenhados de forma flexível e totalmente acessível.

A comunicação com o mercado tem que ser feita de forma a permitir o alcance fácil por qualquer pessoa, seja ela cliente da casa há anos ou um "voador" curioso com um twit. Essa pessoa, independente do seu relacionamento com a empresa tem ao seu dirpor diversas ferramentas para se comunicar: se não for com a empresa do seu interesse, será com os concorrentes e - o que é mais delicado - na web, propagando uma opinião que é repidamente multiplicada e espalhada e acaba por definir a qualidade de atendimento - e ninguém falou ainda do consumo!

A web 3.0 permite que as idéias não precisem mais ser abafadas por falta de canal. Se uma pessoa tem algo a dizer sobre um serviço, ela irá comunicar essa idéia, invariavelmente. É aí que as emrpesas tem que estar atentas para o direcionamento dos seus canais de relacionamento em relação a expectativa desse consumidor/prospect: se ele não conseguir falar com a empresa, frustrando o objetivo da comunicação, a idéia original será avidamente exposta em conjunto com sua frustração, transformando todo o trabalho da equipe de marketing daquela empresa em uma estratégia furada.

A opinião pública é a verdadeira fonte de informações. Cabe as empresas absorvê-la e dar-lhe a devida atenção ou se deixarem moldar frente ao que ela diz - e quem está ouvindo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Acontece...

Tem gente que chama de destino, providência, coincidência, acaso, conspiração do universo, Murphy. O caso é que, sim, acontece...



Tem coisas que são acidentalmente planejadas.

Mas tem coisa que simplesmente acontece porque de alguma forma passos foram dados naquela direção, cujas circunstâncias do caminho nos fizeram tomar aquele rumo ao invés de outro, e dentre as tantas escolhas que poderíamos terem feito, apenas a atitude tomada é que desencadearia outra série de escolhas e decisões.

Tem coisas que planejamos e acabam acontecendo de forma inesperada.

Porque tem acontecimentos que dependem de tantos outros parâmetros que nos fogem a percepção e que não nos compete conhecer ou compreender, que justamente pelas decisões tomadas desencadeiam cenários em que os nossos planos não tem o desfecho imaginado, precisam ser revistos, mudados, revistos. E, fora do nosso escopo inicial, as coisas continuam acontecendo, e ou a gente se adapta e tira proveito, ou fica às margens do caminho minguando o que não foi.

E tem ainda a inexplicável conjunção de planejamento e acaso.

Afinal, quando a gente aceita que o universo (ou Deus, como queiram, não vamos restringir conceitos) tem uma lógica própria pra coordenar tantos planos e circunstâncias e começa a aprender com as mudanças e a enxergar que somos conduzidos a situações para as quais toda uma história de vida teve consequências, e que, de forma voluntária ou alienada, você se acabou chegando ali com bagagem - seja de louros ou lições.

A não-ação não é capaz de evitar que escolhas precisem ser feitas, atitudes tomadas, desafios encarados, lições aprendidas - e muito menos que eventuais derrotas aconteçam. Então que possamos encher o peito de coragem frente a uma ação, e desfrutar das alegrias alcançadas e aprender com os tombos tomados. Só a partir da ação é que poderemos tomar direções sempre melhores...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Da liberdade de ser MULHER

Aí que eu me entreguei a um programa Luluzinha: fui na Casa TPM semana passada.

E entre debates sobre o que é ser mulher, maternidade, obrigações com a balança, reféns da moda e de modismos, valores ultrapassados e imposição de valores reacionários, liberação sexual, eu conheci umas mocinhas. E uma delas me derreteu o coração num comentário no blog.

A Juliana Baron é daquelas meninas que prefere não se definir, vai se encontrando aos poucos, ponderando com o que vive e aprende a cada dia. E num dos nossos papos dando voltinhas na casa na caça aos brindes, rolou aquele papo "e aí, o que você tá achando dos debates?"

Tá certo que viemos (me recuso a escrever vivemos) de uma sociedade extremamente machista que menosprezava a capacidade da mulher de ser gente. Mas nem por isso toda mulher quer ser Leila Diniz! Concordo com o Manifesto TPM: vestir 38, casar (ou não), filhos (ou não), ser uma leoa na cama, ser mulher-polvo, mercado de trabalho democrático, etc... Só que O evento se baseava na máxima "Você é livre? Mesmo?!"

Ser livre é isso: se entregar ao que você é, se agarrar aos valores que fazem de você mais você, e se sentir segura nos casulos que você constrói, que de tempos em tempos te transformam, te dão asas novas...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Imagem: sim, é tudo!

Não há quem não pare pra olhar uma vitrine bem feita, um design limpo ou futurístico, uma pessoa bonita na rua.
"Superficialidade" é não se interessar pelo conteúdo que "recheia" aquela imagem, mas em uma época de competição em todos os fatores - clientes, faturamento, marketshare, e até emprego ou relacionamentos - ignorar que o primeiro impacto, causado pela imagem, é irrelevante é uma inocência que pode simplesmente te eliminar do páreo.

Tomemos como exemplo a Loja da Apple. A marca é conhecida pelo design limpo, tecnologia de ponta, recursos inovadores. Não tinham o posicionamento de popular, entretanto buscando uma proximidade maior com o público - alvo ou curioso - levaram o mesmo conceito para sua vitrine, usando-a como elemento de uma exposição massiva.

Agora, raciocínio lógico: se a Apple resolve colocar uma vitrine baixa, com luzes focadas dentro de uma loja escura, com vendedores com cara de ratinho de laboratório, você entra lá pra comprar ou prefere continuar navegando no site, branquinho, claro, organizado, dinâmico?

A engenheira Ligia Fascioni entendeu que a imagem transmitida e o conteúdo planejado devem falar a mesma linguagem, atrair a atenção com a mesma coerência, transmitindo também segurança e bom entendimento do propósito de exposição. Publicou livros sobre cases de realinhamento de imagem e estratégia de diversas empresas, e que podem ser muito bem adaptados para cases pessoais.

Em um artigo publicado pela Veja, qual não foi minha surpresa em ver Celso Kamura, maquiador de celebridades, apontando a repaginação da Presidente Dilma como um marco profissional. Da mesma forma como o Lula só conquistou a faixa presidencial quando assumiu uma imagem mais limpa, nossa dama de ferro também precisou se render aos caprichos estéticos.

(Isso não é uma apologia política, é só uma constatação de como a estética é relevante, e sem defender partido algum e deixando a hipocrisia de lado, a estratégia de marketing e branding foi brilhante, vamos concordar!)

Ser uma coisa e transmitir outra invariavelmente acaba nos colocando a margem das percepções positivas. Longe de mim defender os abusos da estética e modismos, mas cuidar da própria imagem é sinal de - no mínimo - higiene e auto-estima. E também de coerência profissional. É logicamente impossível considerar uma pessoa competente, confiável e experta se está sempre com a roupa desalinhada, o cabelo despenteado, cara amarrada (ou amassada), sapatos gastos (um paninho faz milagres, sabia?!)

Cuidar da imagem não se restringe só a imagem visual, nem tampouco a percepção sensorial. As duas linguagens devem falar a mesma coisa: eu sou A, e pareço A+. Nunca B ou A-...

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Da Rio+20, o que fica de lição

Hoje li uma reportagem sobre a candidatura do Brasil a sediar mais um mega evento: a Expo 2020. Junto com as Olimpíadas e a Copa, além da Rio+20, o Brasil tem concentrado a atenção do mundo, e, internamente, investido pesado (não vamos entrar no mérito de superfaturamentos e desvios, por favor...) e recebido investimentos em adequação e construção de obras de infra-estrutura, arquitetura, turismo e sustentabilidade, e outros intangíveis como treinamentos da população e remodelagem da comunicação com o mundo todo.

Mas não pude deixar de me preocupar. Trabalhando com eventos e feiras de negócios há tempo suficiente pra saber o quanto é delicado e complicado organizar um evento que ocorre num único lugar, com poucos dias de realização e histórico sólido, as recentes notícias sobre atraso de obras, reformulação de projetos, mudanças no planejamento e divergência em discursos são, no mínimo preocupantes.

O Brasil, acostumado a fazer carnavais maravilhosos, acha que essa experiência é o suficiente pra que, na hora H, alguém dê um jeitinho de um estádio ainda sem acabamento ser inaugurado - vai saber em quais padrões de segurança e qualidade - de um aeroporto com puxadinho que só funcionam no "manual" receber mais vôos do que poderia suportar, e que superlotações sejam vistas como bom sinal de concorrência e sucesso de público. A reforma do Sambódromo foi inaugurada às vésperas do desfile - isso porque passei de taxi dias antes do feriado e ainda tinha andaimes e vergalhões nos últimos metros onde deu pra entender que o acabamento era de tapumes com massa corrida.

A Rio+20 foi um exemplo do quanto ainda precisamos aprender e amadurecer sobre gestão de eventos. Uma conferência com a bandeira de sustentabilidade que constrói estruturas gigantescas na praia, atravessando cabos da grossura de um braço em pistas de ciclismo sem sinalização e que sobrecarregaram a distribuição de energia deixando parte da Zuna Sul às escuras, é, no mínimo incoerente. A falta de organização também foi vista - pelo Brasil e pelo mundo todo - com os congestionamentos decorrentes de desvios não programados, manifestações sem organização prévia e algumas sem propósito político aparente, mudanças de trânsito mal - pra não dizer de maneira alguma - sinalizadas. A cidade se tornou um caos maior por causa de uma conferência localizada, e que se espalhou pela cidade inteira pelo oportunismo incerto. Todo mundo queria ter voz, mas muitos sequer sabiam a quem falar, e os que deveriam ouvir estavam tão perdidos com o que realmente deveriam discutir que declarações sobre o quanto a convenção havia sido infrutífera partiam de todos os lados. Faltou organização de um modo geral, e o evento não exigia grande preparação de infra-estrutura.  A ONU se preocupou - pouco - apenas com o Riocentro, e os organizadores de cada evento paralelo cuidava apenas do seu espaço, não abrangendo toda a cidade e convergindo a movimentação prevista num planejamento único.

Rezo, com todas as forças, pra que não seja preciso improvisos que coloquem em risco a credibilidade que o Brasil vem divulgando com tanto entusiasmo. Amo essa área, tenho paixão pela experiência que é possível criar através de eventos que são mais efetivas e lucrativas que muita estratégia de publicidade convencional.

Eventos corporativos são sempre uma ferramenta de auto-promoção de um setor ou uma empresa. E o Brasil não pode deixar de ter esse pensamento: o governo precisa investir, controlar, acompanhar e ter coerência na troca de governo quanto ao que o mundo já conta no seu calendário em relação aos próximos eventos globais. Não dá pra alterar o calendário da Copa porque o Itaquerão teve mais uma greve e não ficou pronto. E se os aeroportos não se adequarem, delegações inteiras podem ser prejudicadas por falta de espaço ou visibilidade de vôo na sua chegada, e se houver mais uma vez a superlotação de hotéis com diárias ofensivas, tudo o que nosso Comitê vem divulgando pode ir por água abaixo e 2 anos mais tarde haver uma imensa decepção com o evento seguinte. A mídia tem se esforçado enormemente pra divulgar o lado bom, sem exagerar, mas o que a população percebe não é beeem por aí.

O tema da candidatura para a Expo 2020 é Força da Diversidade, Harmonia para o Crescimento. Nobre, sim, já que o Brasil - e principalmente São Paulo, cidade candidata a sediar o evento - são o retrato da convivência pacífica da diversidade étnica, que tira proveito disso para se erguer como potência mundial. Mas não podemos esquecer que nessa diversidade existe também a discrepância de níveis culturais, sociais e de civilidade.

Antes de pensar em eventos mundiais, o Brasil precisa estar preparado para os pequenos - e não menos importantes - eventos locais. Feiras, campeonatos, festas de produção, férias e feriados prolongados. Sem conseguir atender internamente, o Brasil pode ver o tiro saindo pela culatra aos olhos do mundo...

O dinamismo do brasileiro, de qualquer maneira, é o seu maior trunfo, e rezo muito pra que possamos nos orgulhar do que for feito e aprendido.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Miss quem?

Longe de querer bancar a feminista, e também nada a favor de mulherões dominando a mídia.

Sou facinada pela estética, como todo ser humano. Admiro em todas as esferas a magia criada pela combinação de cores, formas, texturas. E com a imagem pessoal, não poderia deixar de ser diferente.

Estética é bom, sim. Mas com (vááárias) ressalvas.

Num artigo publicado na coluna Mulheres 7x7 a apresentação de um documentário chamado Miss Representation, que brinca com "má representação" X "garota representante", fala sobre o exagero da valorização da imagem, que deixa em segundo plano (quando não desconsidera completamente) o conteúdo de uma pessoa.

A presidenta Dilma não ficou menos ou mais inteligente por ter mudado de aparência. Mas sem dúvida se tornou mais notada, agradável aos olhos e simpática com a transformação.

Nas empresas, algumas vagas são anunciadas com o item "boa aparência". Já me vi criticando esses anúncios, até chegar a uma recepcionista completamente descabelada, unhas por fazer com eslamte descascando, e olheiras emolduradas por uma pele que parecia escorrer de oleosidade, e que tinha tirado os sapatos sob o balcão de atendimento. Aí pude entender a importância daquilo.

Não podemos permitir que as pessoas sejam valorizadas apenas pelo esteriótipo. Tão asqueroso quanto uma pessoa mal-trajada, desleixada e sem cuidados com a higiene pessoal, é uma menina linda, "gostosona", de tailler caríssimo mas que fala errado, é grossa, vulgar, alienada.

A imagem deve ser valorizada num conjunto. Já li textos que cruzaram dados sobre fisionomia e inteligência, e ficou provado que pessoas simpáticas, bem humoradas e com facilidade em articular são mais agradáveis aos olhos. Ou seja: seu comportamento o faz mais bonito.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Imagina na Copa...

É só aumentar um pouco o fluxo normal de pessoas num lugar que todo mundo já solta: "imagina isso na Copa!"

Metrô lotado. Congestionamentos quilométricos. Falta de segurança. Hotéis que se resumem a oferecer uma cama. Informações parcas pra quem não conhece o lugar. Turistas sendo passados pra trás na cara dura (vai um mineiro pro litoral pra ver se a conta não sai mais cara...) Greve de trabalhadores de serviços básicos. Obras de infraestrutura atrasadas, superoneradas, que vão acabar sendo maquiadas nos últimos meses pra garantir que vão aparecer bem na TV. Isso porque ninguém está considerando a hipótese de alguém precisar de um hospital e acabar tendo um ataque ao se deparar com o pronto-socorro do SUS.
Nem precisa comentar que a polêmica na Lei da Copa está justamente em torno das regalias: entradas gratitas, bebidas, barulheiras...

Ah, mas turista não usa serviço público... Aham, e você acha que lá fora é como?

Carnaval acabou, e a timeline se enche de reclamações quanto a esse cenário. A iniciativa privada resolve mais fácil: qualquer empresário com o mínimo de bom censo investe em reformas e reestruturação sabendo que vai faturar muito se souber atender bem. Mas vai tentar explicar pra servidor que se ele pára, a obra não anda, o governo consegue desviar mais - ou, como a gente ouve por aí, reajustam orçamentos - conselhos embargam participações, a mídia deita e rola por cima da carne seca e o Brasil vai continuando com essa fama mundial de que só vive de Carnaval e malemolência...

Francamente... Precisava de Copa pra gente querer melhorar o país?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Feiras movimentam bilhões

Já perdi a conta de quanta empresas e consultorias sigo no twitter que falam sobre comportamento, negócios, comunicação e, principalmente, promoções e feiras.
Mas fico tão orgulhosa quando sai uma matéria em grandes veículos de informação, ao alcance de todos, que reiteram estudos que venho fazendo...
A primeira etapa da monografia está pronta. Mas quero aprofundar mais as análises, estudar melhor dados comparativos, e entender cada vez mais os meios de comunicação e estratégias de marketing.

Enquanto isso, vou colecionando referências...