sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Prece...

As preces que fazemos por nós mesmos podem mudar a natureza das nossas provas e desviar-lhes o curso? [663]
- Vossas provas estão entre as mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas, então, Deus tem sempre em conta a resignação. A prece chama para vós os bons Espíritos, que vos dão forças para suportá-las com coragem e elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece não é jamais inútil, quando ela é bem feita, porque fortalece, e é já um grande resultado. Ajuda-te e o Céu te ajudará, sabes isso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao capricho de cada um, porque aquilo que é um grandemal sob o vosso ponto de vista mesquinho e a vosa vida efêmera, é, frequentemente, um grande bem na ordem geral do Universo. Depois, quanto males não há de que o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas! Ele é punido pelo que pecou. Entretanto, os pedidos justos são mais frequentemente atendidos, como não pensais. Credes que Deus não vos tem escutado porque ele não fez um milagre por vós, enquanto Ele vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das coisas. Frequentemente, ou o mais frequentemente mesmo, Ele vos suscita o pensament necessário para vos tirar da confusão.




Livro dos Espíritos, Allan Kardec

Sim, devemos parar de esperar por grandes milagres. Deus nos inspira coragem e só nos pede que tenhamos os olhos abertos e o coração confiante na Sua providência!

De nada adianta toda a luz do mundo se nos escondermos nos medos e mediocridades mundanas...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Alô? Mercado?

Um estudo realizado pela Accenture analisa a forma como clientes precisam ser atendidos. A multiplicidade de canais a disposição, hoje, precisa ser entendida e explorada.

Quando tento falar com uma empresa que não tenho um contato direto, busco um telefone de SAC. Se em duas tentativas não tenho êxito, mando email ou tento atendimento por algum canal online. Quando ainda sim tenho dificuldade, tento localizar um telefone "normal" da empresa, ou a página em alguma rede social.

Quando um desses canais dá certo, volto a me comunicar com a emrpesa por meio do que funcionou. Mas qualquer problema que eu enfrente na comunicação, tenho alternativas.

Empresas que restringem o contato com seus clientes a um único canal - telefone SAC, chat ou email de representante - perde a possibilidade de ouvir o cliente e ter sua confiança. As empresas precisam perceber que não é a aquisição de um produto que faz um consumidor, mas a fidelidade que ele tem a sua marca e as referências que ele pode dar sobre os serviços que a empresa oferece. E com isso gerar negócios indiretos, além do consumo próprio quando tiver necessidade.

O marketing tem percebido que o mercado hoje não é mais dividido em nichos - idade, poder aquisitivo, grau de instrução, localização geográfica. As empresas estão se reposicionando e entendendo que um mesmo consumidor tem momentos diferentes de consumo, preferências específicas de acordo com algumas circunstâncias, e a dinâmica dessa variedade de cenários deve ser prevista e - pra que a emrpesa sobreviva - os canais de atendimento devem ser desenhados de forma flexível e totalmente acessível.

A comunicação com o mercado tem que ser feita de forma a permitir o alcance fácil por qualquer pessoa, seja ela cliente da casa há anos ou um "voador" curioso com um twit. Essa pessoa, independente do seu relacionamento com a empresa tem ao seu dirpor diversas ferramentas para se comunicar: se não for com a empresa do seu interesse, será com os concorrentes e - o que é mais delicado - na web, propagando uma opinião que é repidamente multiplicada e espalhada e acaba por definir a qualidade de atendimento - e ninguém falou ainda do consumo!

A web 3.0 permite que as idéias não precisem mais ser abafadas por falta de canal. Se uma pessoa tem algo a dizer sobre um serviço, ela irá comunicar essa idéia, invariavelmente. É aí que as emrpesas tem que estar atentas para o direcionamento dos seus canais de relacionamento em relação a expectativa desse consumidor/prospect: se ele não conseguir falar com a empresa, frustrando o objetivo da comunicação, a idéia original será avidamente exposta em conjunto com sua frustração, transformando todo o trabalho da equipe de marketing daquela empresa em uma estratégia furada.

A opinião pública é a verdadeira fonte de informações. Cabe as empresas absorvê-la e dar-lhe a devida atenção ou se deixarem moldar frente ao que ela diz - e quem está ouvindo.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Acontece...

Tem gente que chama de destino, providência, coincidência, acaso, conspiração do universo, Murphy. O caso é que, sim, acontece...



Tem coisas que são acidentalmente planejadas.

Mas tem coisa que simplesmente acontece porque de alguma forma passos foram dados naquela direção, cujas circunstâncias do caminho nos fizeram tomar aquele rumo ao invés de outro, e dentre as tantas escolhas que poderíamos terem feito, apenas a atitude tomada é que desencadearia outra série de escolhas e decisões.

Tem coisas que planejamos e acabam acontecendo de forma inesperada.

Porque tem acontecimentos que dependem de tantos outros parâmetros que nos fogem a percepção e que não nos compete conhecer ou compreender, que justamente pelas decisões tomadas desencadeiam cenários em que os nossos planos não tem o desfecho imaginado, precisam ser revistos, mudados, revistos. E, fora do nosso escopo inicial, as coisas continuam acontecendo, e ou a gente se adapta e tira proveito, ou fica às margens do caminho minguando o que não foi.

E tem ainda a inexplicável conjunção de planejamento e acaso.

Afinal, quando a gente aceita que o universo (ou Deus, como queiram, não vamos restringir conceitos) tem uma lógica própria pra coordenar tantos planos e circunstâncias e começa a aprender com as mudanças e a enxergar que somos conduzidos a situações para as quais toda uma história de vida teve consequências, e que, de forma voluntária ou alienada, você se acabou chegando ali com bagagem - seja de louros ou lições.

A não-ação não é capaz de evitar que escolhas precisem ser feitas, atitudes tomadas, desafios encarados, lições aprendidas - e muito menos que eventuais derrotas aconteçam. Então que possamos encher o peito de coragem frente a uma ação, e desfrutar das alegrias alcançadas e aprender com os tombos tomados. Só a partir da ação é que poderemos tomar direções sempre melhores...

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Da liberdade de ser MULHER

Aí que eu me entreguei a um programa Luluzinha: fui na Casa TPM semana passada.

E entre debates sobre o que é ser mulher, maternidade, obrigações com a balança, reféns da moda e de modismos, valores ultrapassados e imposição de valores reacionários, liberação sexual, eu conheci umas mocinhas. E uma delas me derreteu o coração num comentário no blog.

A Juliana Baron é daquelas meninas que prefere não se definir, vai se encontrando aos poucos, ponderando com o que vive e aprende a cada dia. E num dos nossos papos dando voltinhas na casa na caça aos brindes, rolou aquele papo "e aí, o que você tá achando dos debates?"

Tá certo que viemos (me recuso a escrever vivemos) de uma sociedade extremamente machista que menosprezava a capacidade da mulher de ser gente. Mas nem por isso toda mulher quer ser Leila Diniz! Concordo com o Manifesto TPM: vestir 38, casar (ou não), filhos (ou não), ser uma leoa na cama, ser mulher-polvo, mercado de trabalho democrático, etc... Só que O evento se baseava na máxima "Você é livre? Mesmo?!"

Ser livre é isso: se entregar ao que você é, se agarrar aos valores que fazem de você mais você, e se sentir segura nos casulos que você constrói, que de tempos em tempos te transformam, te dão asas novas...