quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Disciplina

Estou adorando a sequência de reportagens relacionando a rotina de exercícios físicos com o desempenho profissional. Eu já tinha cantado essa pedra ainda na graduação, porque sentia na pele - e no corpo - os efeitos benéficos da disciplina de qualquer esporte.

Meus pais só nos exigiam 3 coisas: dormir cedo, comer no horário certo e fazer um esporte. As notas altas e a responsabilidade eram consequência. Cada um na sua área - eu sou consultora e fazia ballet, meu irmão engenheiro e judoca, e minha irmã é tradutora e jogava basquete - o esporte nos deu auto consciência, senso de coletividade, desenvolveu concentração, além, claro, do desenvolvimento fisiológico, motor e cognitivo.

A reportagem exibida ontem foi um alívio entre as tensões de política.
A endorfina que qualquer atividade física libera age numa verdadeira alquimia positiva no corpo, melhorando aspectos fisiológicos e psicológicos, principalmente. A tomada de decisões, mencionada na entrevista, é mais ágil porque corpo e mente já estão acostumados a "arrancadas", agilidade e concentração, motivadas pela atividade.

Corrida, dança, luta, natação, pedal, bater bola, yoga, surf, paddle, trekking, musculação, pilates.
E aí, já escolheu a sua hoje?

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Dos seminários semiúteis

Por quem foi desenvolvido o último treinamento da empresa que você participou? 
Uma grande consultoria especializada no corebusiness? O RH na delicada missão de direcionar e controlar? Ou o gerente nacional na melhor das intenções de partilhar cases?
O fato é que raramente escuto pessoas de média hierarquia se sentindo mega felizes tendo um treinamento - salvo, claro os que vão pra um resort e articulam o tempo todo como escapar da programação oficial.
Workshops deveriam ter como objetivo alterar um cenário atual otimizando os recursos que ja tem capacitando essas pessoas com uma nova perspectiva. E temos que concordar que um olhar de fora sempre contribui muito melhor pra que essa perspectiva tenha a devida inovação.
O que não significa que quem vive diariamente o problema seja irrelevante na concepção de um novo cenário.
Conversava com um grupinho que tinha passado por 3 dias de treinamento coordenado pelos diretores nacionais. E no panfleto com a programação estava estampado "o alto escalão nacional vem partilhar com você a receita do sucesso!"
Mas o comentário na mesa era a frustração com a distância - geográfica, ideológica e prática - entre o que os palestrantes passavam e a realidade reduzida e burocracias desencontradas. O diretor de vendas já não vende há mais de 10 anos, apesar de ser um excelente gestor de pessoas não sabia sequer as atuais demandas dos clientes, só direciona seu pessoal dentro do protocolo instituído pela consultoria contratada 2 anos atrás pra remodelar processos.
Deslocaram 20 assistentes do interior pra capital do estado, com hospedagem de luxo e palestrante motivacional renomado, dinâmicas de grupo engraçadas e happy hours patrocinados pelos paraninfos, mas a reunião semanal prometida para afinar pequenos ruídos em cada filial nunca saiu do papel, e as metas impostas simplesmente não refletem o potencial de demanda por uma questão de cultura regional.
E quando eu já imaginava o fim do discurso daquelas pessoas, eu me perguntei: alguém já havia sido consultado sobre a real necessidade de orientação técnica,  num brainstorm de troca de idéias no mesmo nível hierárquico e geográfico da audiência? A verba empregada em eventos assim terá retorno efetivo? Ou não seria mais eficiente que as consultorias consultassem os interessados, e então levassem os gaps pra reposicionamento estratégico.

Tenho pra mim que um olhar de fora é ótimo pra uma perspectiva mais ampla. Mas só quem está com a mão na massa sabe o ponto certo.


sábado, 30 de agosto de 2014

Felicidade levada a sério


Como boa leitora compulsiva, tenho seguido vários canais no Face com conteúdo bacana.
E nessa recente fase de realocação, projetos como a Biz.u e a 99Jobs tem me chamado muito a atenção por ir além do discurso de "é preciso gostar do que se faz". São plataformas que promovem encontros entre personalidades - pessoais e corporativas - muito além de casar vagas com curriculos.

Daí que num desses posts, veio a chamada pra um documentário sobre as métricas da felicidade.

Ah, mais uma teoria motivacional! Nops! Tem gente levando a felicidade a sério! Mas o que me chamou a atenção é que, sim, felicidade é uma opção, não um fator etéreo externo!
Pelo estudo cerca de 40% da nossa felicidade depende de atitudes, e só 10% é fruto do que temos.

Ok, chegamos a óbvia relação entre fazer o que se gosta e gostar do que se faz.

Nem precisa de estatística pra gente saber que, sim, a gente chega mais perto do estado de felicidade, realização e bem estar quando atingimos em algum grau, que seja, o sucesso, quando somos elogiados pelo que fazemos, ou simplesmente por desfrutar de alguma coisa que intendíamos.
E, claro, as coisas só se aproximam da nossa expectativa se, primeiro, a gente sabe o que se quer (e tudo bem se no meio do caminho você mudar de idéia...)
Da minha experiência - que moldaram várias teorias - acabei aprendendo que toda frustração nossa é fruto de má interpretação de sinais. Meu exemplo mais forte (e o que nos trouxe a esse texto) é aquele emprego "dos seus sonhos", mas que você mais idealizou do que realmente entendeu.

Grande parte dos processos seletivos que eu participei, o recrutador quer saber das suas habilidades técnicas, e em alguns até querem saber como é sua vida pessoal, muito mais pra traçar um perfil psicológico-comportamental do que propriamente pra conhecer você - como pessoa, não como ferramental laboral. O enooorme erro quando depois que a gente entra pra empresa é se dar conta de que, não, a gente não sabia onde estava se metendo.

A tão sonhada felicidade no trabalho está mais perto do que voce imagina: do lado de dentro.

Poxa, mais um daqueles textos de auto-ajuda? Oh, yes! Mas nem tanto...

O processo de consultoria e coach que eu comecei a desenhar é baseado num estudo de identidade corporativa, que só pode ter sucesso se, em primeiro estágio, houver motivação interna e consciência coletiva de quem é a empresa, dos calores que a movem e o tipo pessoas que precisam pra fazer com que funcione. E por isso o termo "auto-ajuda" está sempre pairando: por mais que exista um consultor pra direcionar, a resposta sempre virá de dentro.

É por isso esse estudo da felicidade ser um fator interno prova que o estigma da maior sessão da livraria é mais uma miopia do auto-conhecimento. Conhecer-se é fundamental pra ser feliz!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A Copa das Copas

Os empreiteiros, conglomerados multinacionais sem pátria ou valores, superfaturaram, atrasaram e cagaram.
O governo inflou o peito, fingiu que não sabia, fez cara de paisagem e não fez bonito.
A polícia combatia a democracia, fez do povo seu próprio inimigo público, sumiu com nossa dignidade coletiva, tolerância e sincretismo.
E a mídia, claro, embevecia a todos com cenário Global.
O futebol foi sem graaaça... Ou não, pra quem
gosta de esporte pelo esporte foi um belo campeonato!
E os gringos vieram. E adoraram nossas belezas, se empolgaram com nossa energia. Se surpreenderam com nossa hospitalidade.
O jeitinho brasileiro salvou a pátria. Mas só deu certo com os brasileiros de verdade, esses que suam de sol a sol e que nem ao estádio puderam ir. Os que fizeram a gentileza sua moeda de troca - e ganharam respeito e notabilidade, esses sim, sem taça, sem paparazzi, sem reconhecimento, ESSES são meus ídolos dignos de aplausos, torcida e louros!

sábado, 14 de junho de 2014

Da vida e do trabalho

Que mania as pessoas tem de desassociar suas vidas de seus trabalhos!

Uma amada amigaestava em crise em casa, e teve mau desempenho no trabalho - onde é, há mais de 20 anos, a referência na coordenação de pessoal, e o chefe, compreensivamente, sugeriu que ela delegasse algumas chefias aos subalternos. E ela ficou ainda mais arrasada, porque "não podia ter deixado que a vida pessoal interferisse no trabalho".

Numa outra situação, Benedetti traz um personagem tristonho por ter um trabalho insôsso e uma família insípida, embora lhe dê grande alegria direcionar o comportamento de seus funcionários para a moral e a autonomia de caráter.

Mas afinal, a lacuna entre ss duas personalidades e satisfação precisa ser assim tão imensa? E o que mais me assusta: não assusta ninguém que assim o seja?

Nos meus estudos sobre comportamento e branding, venho tentando entender a incongruência entre a falta de personalidade corporativa, onde as empresas conhecem seus numeros mas não sua propria postura - o que fscilitaria no desenho de estratégias e soluções de crises - e a empregabilidade das pessoas restrita apenas na parte técnica do seu desenvolvimento.

Falta identidade! Em ambas as partes!

Mas se as empresas sao feitas de pessoas, obviamente é com estas que o processo de auto conhecimento precisa começar.
Pegue os rankings das empresas mais valiosas, as melhores pra se trabalhar,  as que mais cresceram... e vamos perceber que em todas elas, a historia de vida dos seus fundadores é um fator relevante para wue entendamos o quanto a trajetoria do negócio depende da energia pessoal do cara que comanda! Logo, as engrenagens quefazem a empresa funcionar também devem se tornar conscientes de que a sua energia pessoal é que transformará sua rotina e o trabalho se torna significativo!

(Continua...)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

De ser superior

Ser, então, o melhor dos piores, ou o pior dos melhores?
Certamente que, tendo a maioria em nível superior ao meu, tenho parâmetros de assenção e metas de aprendizado.
Entretanto, se me é posta a situação de ser eu o ponto máximo da média, me é concedida aí a graça de estar em mim a luz orientadora e reconfortante.
Estar na base inferior de uma camada superior por vezes só me foi inspirada a inveja e a cobiça, pela soberba de me considerar apta àquele patamar.
Por outro lado, ao me encontrar em situação de alguma vantagem me foi despertada com maior alegria e perenidade, além da responsabilidade de "cuidar" daquele grupo, a umildade em servir e elevar o grupo compartilhando experiências e instiganto insights da própria consciência daquele que me tem como superior. E por causa desse sentimento concreto de zelo e incentivo, o crescimento do outro não causa qualquer inveja, pelo contrário, o júbilo de perceber que minha "superioridade", na realidade, é apenas inspiracional, e a cada um cabe certa evolução ao seu tempo, se catalisada por ações e atitudes positivas de todo o grupo.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Potencial e Performance

Em momentos de ócio, corro logo pra página do eLearning da empresa. E num dos treinamentos de coaching, me deparo com o descritivo: para esclarecer a diferença entre potencial e performance.

Ok, parece óbvio. Mas na prática são dois conceitos confundidos e mal empregados em auto-críticas e posicionamento pessoal. Com mais de 7 anos secretariando todo tipo de gente, em empresas de todo porte e mercado, o que eu mais ouvi dos diretores foi "ele até tem potencial, mas..." e do outro lado ouvia dos funcionários que "meu potencial é diferenciado, a empresa que não reconhece e investe!"

Pelo que eu aprendi dos princícios básicos da administração, todo empreendimento precisa, necessariamente de 3 fatores para dar certo: 1 potencial; 2 planejamento; 3 investimento. E como eu sempre tive mania de levar os conceitos corporativos para a vida pessoal - afinal de contas, é sendo bons profissionais nessa sociedade capitalista que vamos conquistar realização pessoal e conquistas materiais - lá vamos nós analisar o "eupreendimento".

1) Potencial: um empreendimento começa de uma oportunidade de mercado, pela falta de um produto ou pela diferenciação de um já existente. Com a gente não pode ser diferente: cada um tem características, experiências e vivências únicas, que se bem aproveitadas, se transformam em um potecial de destaque no mercado. Reflita sobre tudo o que você já passou, de bom e de ruim, sem falsa modéstia ou vitimismo (principalmente vitimismo!). Na boa, até defeito, se bem analisado e tratado, se torna potecial - e diferencial!

Se você tem aquela inquietação constante e não para em lugar algum, é curioso, e adora enxergar um defeito no que os outros fazem, páre de se lamentar que ninguém te dá uma chance e você acaba enjoando rápido do emprego! Valorize esse pontecial! Já pensou em ser auditor de processos ou detetive? É a perspectiva que faz uma característica ser boa ou ruim.

2) Planejamento: descoberto o potencial, é hora de colocar tudo o que você aprendeu na faculdade em prática (afinal, você não pastou 4 anos pagando mensalidade só pra pendurar um diploma na parede, né...). Planejar significa transformar uma idéia em ação. E é nesse ponto que muita gente peca. Uma idéia genial sem uma ação é só um devaneio. Com o seu potencial, que tipo de meta (realista!) é possível traçar a curto e médio prazo (já que o longo prazo é distante demais pra gerações XYW)? Definidas essas metas, analise, peça opinião, pesquise, escreva, coloque num papel, rabisque, corrija. E atualize a cada novo passo. Planejamento pode mudar no percurso, não há nada de mal nisso, desde que não se perca o foco.

Exemplo: adora decoração e design, mas fez letras. Logo, o primeiro passo é uma formação - muita leitura e oficinas, no mínimo, mas se possível um curso técnico ou até outra faculdade - se já tem alguma habilidade básica necessária pro mercado. E por a mão na massa. Planejamento realista é dar passos conscientes e consistentes, e não acordar num dia e resolver bater na porta de um escritório de arquitetura esperando que  te sirvam um café e um convite pra aprender sobre o negócio sem o mínimo de embasamento. Peça orientação a algum profissional de referência, tenha a humildade em aprender mesmo os fundamentos básicos, pesquise, estude, entenda, reveja o que já foi feito e o que precisa ser feito.

E isso vale mesmo se você está bem onde está. Reavaliar-se constantemente, atualizar seu planejamento pessoal, procurar novos desafios e motivações é parte da evolução humana. Satisfação é diferente de comodismo.

3) Investimento: esse é o ponto que temos maior dificuldade de assimilar na vida pessoal o conceito corporativo. E é o que tenho ouvido de muitos gestores que falta nas equipes. Muitas vezes a empresa até pode investir financeiramente no funcionário, mas não reconhece a contrapartida do comprometimento pessoal. Atingir um potencial requer a disciplina de manter o foco, de manter a postura de comprometimento consigo mesmo, é planejar como e quando agir, mas acima de tudo entender que às vezes algum sacrifício é necessário para conseguir alcançar aquele patamar superior.

Pra aprender, você precisa estudar ao invés de dormir ou badalar (ok, é só um exemplo, a gente precisa descansar e a vida social pode te dar networking). Só é possível, por uma simples questão de lógica, ter retorno sobre aquilo em que investimos. Dedique tempo, tenha disciplina, crie rotinas, planeje as ações e não procrastine. De nada adianta reconehcer o potencial, planejar metas se não colocamos em ação.

E sempre que bater aquele desânimo, preguiça, covardia, ou qualquer outro impedimento, olhe pra trás, veja o quanto você já evoluiu - o simples reconhecimento do seu potencial já é um ponto muito a favor! - depois olhe pra frente e reveja a suas metas. Ás vezes esse simples estímulo já basta, mas em outras é preciso recorrer a incentivos externos. Leia sobre o assunto, peça ajuda, desabafe com um amigo, reveja os passos que ainda devem ser dados.

Aí, só aí, é que vai ser possível avaliar sua performance. Ela é o resultado do desempenho entre esses pontos. É o que determina, primeiro pra você mesmo, se potencial, planejamento e investimento estão alinhados e dando resultado. Dedique uma hora do seu fim de semana pra pensar a respeito - sim, pode ser na praia, não precisa ir pro cantinho zen... desligue-se de distraçoes, como TV, smartphone, pessoas, e comece a pensar, sem escrúpulos, no que está vivendo, no que gostaria de viver e nas condições possíveis de se aproximar mais dos seus objetivos.